Na Ilha - Tracey Garvis Graves

16 de dezembro de 2013

Na Ilha
Na Ilha 
Tracey Garvis Graves
Editora Intrínseca
228 páginas
2013 


Anna não está muito feliz em sua vida amorosa e acaba aceitando um emprego no verão para dar um tempo. Ela será tutora de T.J., um menino de 17 anos que acabou de termicar seu tratamento contra o câncer. Quando os dois estão a bordo do avião, sobrevoando as ilhas das Maldivas, o piloto passa mal e eles sofrem um acidente. Anna e TJ conseguem se salvar e se abrigar em uma ilha. Ambos lutam muito para sobreviver, mas não esperavaem que fossem passar tanto tempo lá... 

Logo nas primeiras páginas, eu já fui fisgada pela história de Anna e TJ. É meio batida sim, mas a escrita da autora flui muito bem, eu estava curiosa para saber como eles conseguiriam sobreviver naquelas condições. Além disso, antes mesmo do acidente eu já havia simpatizado bastante com Anna e TJ. Ela me parecia bem pé no chão, tentando resolver sua vida, então eu fiquei ainda mais curiosa para ver como ela se comportaria presa daquela maneira. Demora um pouco para que o inevitável aconteça e eles se interessem um pelo outro. Eu gostei muito dos dois, eu já sabia que isso iria acontecer e, dadas as circunstâncias, é um casal muito fácil de gostar e torcer. Achei tudo muito bonito e fofo no romance deles. O TJ começa a mostrar que é homem e não só um garoto e a questão da diferença de idade é levemente explorada. No fundo, não vem muito ao caso quando eles estão sozinhos.

Mas então entra o que eu não gostei do livro. Era tudo tão fácil. Na questão da sobrevivência foi assim.
Eles estavam sozinhos, machucados, num lugar desconhecido, com fome.  Além dos problemas relativos a ter sofrido um acidente de avião e estarem isolados, a autora ainda insere um milhão de problemas na vida dos dois. Terrível, não? Mais ou menos, porque tudo se resolve em poucos capítulos.  Basicamente Anna e TJ passam por coisas inimagináveis, mas elas duravam poucas páginas, então não me afligiam. Eu passei o livro inteiro com essa sensação de “nada de grave vai acontecer, então nem vou me preocupar”.  A questão do romance deles segue essa mesma ideia. Talvez as coisas não sejam exatamente fáceis, mas é tudo muito seguro.

Em resumo, Na Ilha foi uma leitura que eu gostei porque tem um clima legal, é um romance gostoso e otimista. Ao mesmo tempo, como vocês devem ter notado, eu fiquei com a sensação de que poderia ter aproveitado muito mais se a autora tivesse destroçado meu coração! Eu queria sentir fome, me sentir sozinha e torcer por um romance proibido. Não foi o caminho que a autora resolveu tomar, mas talvez tenha sido um problema das minhas expectativas mesmo. Mesmo assim, para quem gosta de romance, Na Ilha é uma boa leitura.

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