Na Ilha
Tracey Garvis Graves
Editora Intrínseca
228 páginas
2013
Anna não está muito feliz em sua
vida amorosa e acaba aceitando um emprego no verão para dar um tempo. Ela será
tutora de T.J., um menino de 17 anos que acabou de termicar seu tratamento
contra o câncer. Quando os dois estão a bordo do avião, sobrevoando as ilhas das Maldivas, o
piloto passa mal e eles sofrem um acidente. Anna e TJ conseguem se salvar e se
abrigar em uma ilha. Ambos lutam muito para sobreviver, mas não
esperavaem que fossem passar tanto tempo lá...
Logo nas primeiras páginas, eu
já fui fisgada pela história de Anna e TJ. É meio batida sim, mas a escrita da
autora flui muito bem, eu estava curiosa para saber como eles conseguiriam
sobreviver naquelas condições. Além disso, antes mesmo do acidente eu já havia
simpatizado bastante com Anna e TJ. Ela me parecia bem pé no chão, tentando
resolver sua vida, então eu fiquei ainda mais curiosa para ver como ela se
comportaria presa daquela maneira. Demora um pouco para que o inevitável aconteça e eles se
interessem um pelo outro. Eu gostei muito dos dois, eu já sabia que isso iria
acontecer e, dadas as circunstâncias, é um casal muito fácil de gostar e torcer.
Achei tudo muito bonito e fofo no romance deles. O TJ começa a mostrar que é
homem e não só um garoto e a questão da diferença de idade é levemente
explorada. No fundo, não vem muito ao caso quando eles estão sozinhos.
Mas então entra o que eu não gostei
do livro. Era tudo tão fácil. Na questão da sobrevivência foi assim.
Eles estavam sozinhos,
machucados, num lugar desconhecido, com fome.
Além dos problemas relativos a ter sofrido um acidente de avião e
estarem isolados, a autora ainda insere um milhão de problemas na vida dos
dois. Terrível, não? Mais ou menos, porque tudo se resolve em poucos
capítulos. Basicamente Anna e TJ passam
por coisas inimagináveis, mas elas duravam poucas páginas, então não me afligiam. Eu
passei o livro inteiro com essa sensação de “nada de grave vai acontecer, então
nem vou me preocupar”. A questão do
romance deles segue essa mesma ideia. Talvez as coisas não sejam exatamente
fáceis, mas é tudo muito seguro.
Em resumo, Na Ilha foi uma
leitura que eu gostei porque tem um clima legal, é um romance gostoso e
otimista. Ao mesmo tempo, como vocês devem ter notado, eu fiquei com a sensação
de que poderia ter aproveitado muito mais se a autora tivesse destroçado meu
coração! Eu queria sentir fome, me sentir sozinha e torcer por um romance
proibido. Não foi o caminho que a autora resolveu tomar, mas talvez tenha sido
um problema das minhas expectativas mesmo. Mesmo assim, para quem gosta de romance, Na Ilha é uma boa leitura.