O Sonho de Eva
Chico Anes
Editora Novo Conceito
304 páginas
O Sonho de Eva é um livro que me surpreendeu. Quando foi lançado, eu tive vontade de ler, mas nada avassalador e nem esperava que fosse tão bom assim. E não sabia muito sobre a história. Acho que não saber não só ajudou na minha vontade de ler, como também ajudou enquanto eu lia e ia descobrindo tudo.
O Sonho de Eva é um livro (nacional) sobre sonhos, seus poderes, influências e, principalmente, como alguém poderia tirar proveito deles. O livro contém um belo quê de conspiração. Será que jogos eletrônicos e programas de televisão podem ser usados para influenciar as ideias que achamos que são apenas nossas? Bom, que novelas e filmes influenciam as nossas vidas é certo. Mas será que quem cria essas coisas tem o objetivo de nos controlar? Ou, se não, será que isso seria possível?
Mas a história não se baseia somente em especulações paranoicas. Até porque eu não gosto disso e não teria gostado do livro se esse fosse o caso. Viver cogitando a possibilidade de pessoas desconhecidas estarem me controlando me deixaria louca. O que acontece com certo personagem.
A Dra. Eva Abelar é famosa por suas pesquisas sobre sonhos lúcidos. Um trabalho ainda mais inovador, e talvez irreal, que o trabalho de seu pai. Sua irmã também trabalhava com sonhos para as Indústrias Yume e Eva é convidada a continuar seu trabalho. Sua mãe é uma figura difícil, extremamente religiosa e a causa de alguns traumas de Eva. Ela tem um filho pequeno e é mãe solteira. Apenas ela sabe quem é o pai de seu filho. E não é Alec, sua paixão de faculdade que é louco por ela até hoje, faria tudo por ela, mas eles simplesmente não estão juntos porque a Eva gosta de sofrer. Entre a relação desses dois, muita coisa precisa ser dita.
O tanto que eu não gosto de teorias conspiratórias, eu gosto de sonhos. E foi o equilíbrio entre esse dois e os mistérios e toda a ação do livro que me fizeram gostar dele. A Eva não é das personagens mais carismáticas do mundo e alguns outros personagens são muito superficiais, não me apeguei muito a ninguém. Mas isso e alguns outros problemas, tipo as reflexões psicológicas, não me incomodaram de verdade. Algo, acho que o conjunto da obra, me pareceu realmente muito bom.
Especialmente na segunda metade do livro, quando além de não poder confiar em ninguém, Eva estava praticamente presa e isolada do mundo dentro das instalações das Indústrias Yume e tudo e todos pareciam muito suspeitos, as coisas ficam muito agitadas e eu comecei a gostar da Eva. A coragem dela foi o que me chamou mais a atenção e me fez respeitá-la. Ela não está ali para ser simpática, ela é inteligente, corajosa, determinada e mãe.
O que me faz levantar a questão: por que a Novo Conceito classificou esse livro como Jovem?
Bom, não sei. Não sei mesmo.
O Sonho de Eva trata de poder, de influências escondidas nas coisas aparentemente inocentes e de um novo tipo de guerra. Imagina o poder de alguém que pudesse controlar nossos sonhos? O quanto isso valeria? Todas essas questões são levantadas e o contexto dos sonhos para elas é bem mais intenso do que o mundo real. Mas a diferença entre a ficção e a realidade não é tão grande quanto pode parecer.
O livro está recomendado. Não sei exatamente para qual tipo de público porque eu achava que eu não fazia parte desse público. Mas cá estou eu feliz por ter lido O Sonho de Eva. Vale muito a pena tentar.
Beijos,
Celle.
O Sonho de Eva é um livro (nacional) sobre sonhos, seus poderes, influências e, principalmente, como alguém poderia tirar proveito deles. O livro contém um belo quê de conspiração. Será que jogos eletrônicos e programas de televisão podem ser usados para influenciar as ideias que achamos que são apenas nossas? Bom, que novelas e filmes influenciam as nossas vidas é certo. Mas será que quem cria essas coisas tem o objetivo de nos controlar? Ou, se não, será que isso seria possível?
Mas a história não se baseia somente em especulações paranoicas. Até porque eu não gosto disso e não teria gostado do livro se esse fosse o caso. Viver cogitando a possibilidade de pessoas desconhecidas estarem me controlando me deixaria louca. O que acontece com certo personagem.
A Dra. Eva Abelar é famosa por suas pesquisas sobre sonhos lúcidos. Um trabalho ainda mais inovador, e talvez irreal, que o trabalho de seu pai. Sua irmã também trabalhava com sonhos para as Indústrias Yume e Eva é convidada a continuar seu trabalho. Sua mãe é uma figura difícil, extremamente religiosa e a causa de alguns traumas de Eva. Ela tem um filho pequeno e é mãe solteira. Apenas ela sabe quem é o pai de seu filho. E não é Alec, sua paixão de faculdade que é louco por ela até hoje, faria tudo por ela, mas eles simplesmente não estão juntos porque a Eva gosta de sofrer. Entre a relação desses dois, muita coisa precisa ser dita.
O tanto que eu não gosto de teorias conspiratórias, eu gosto de sonhos. E foi o equilíbrio entre esse dois e os mistérios e toda a ação do livro que me fizeram gostar dele. A Eva não é das personagens mais carismáticas do mundo e alguns outros personagens são muito superficiais, não me apeguei muito a ninguém. Mas isso e alguns outros problemas, tipo as reflexões psicológicas, não me incomodaram de verdade. Algo, acho que o conjunto da obra, me pareceu realmente muito bom.
Especialmente na segunda metade do livro, quando além de não poder confiar em ninguém, Eva estava praticamente presa e isolada do mundo dentro das instalações das Indústrias Yume e tudo e todos pareciam muito suspeitos, as coisas ficam muito agitadas e eu comecei a gostar da Eva. A coragem dela foi o que me chamou mais a atenção e me fez respeitá-la. Ela não está ali para ser simpática, ela é inteligente, corajosa, determinada e mãe.
O que me faz levantar a questão: por que a Novo Conceito classificou esse livro como Jovem?
Bom, não sei. Não sei mesmo.
O Sonho de Eva trata de poder, de influências escondidas nas coisas aparentemente inocentes e de um novo tipo de guerra. Imagina o poder de alguém que pudesse controlar nossos sonhos? O quanto isso valeria? Todas essas questões são levantadas e o contexto dos sonhos para elas é bem mais intenso do que o mundo real. Mas a diferença entre a ficção e a realidade não é tão grande quanto pode parecer.
O livro está recomendado. Não sei exatamente para qual tipo de público porque eu achava que eu não fazia parte desse público. Mas cá estou eu feliz por ter lido O Sonho de Eva. Vale muito a pena tentar.
Beijos,
Celle.