4 de Julho
James Patterson
Editora Arqueiro
224 páginas
Em 4 de Julho temos Lindsay, respeitada policial que, depois de encarar mais uma cena de crime macabra, termina seu turno e comparece a sua usual noite-de-mulheres para tomar uns drinks. Mas recebe o chamado do parceiro para ajudar a ficar de olho num carro suspeito do caso em que tem trabalhado juntos, e o acompanha.
Os suspeitos no carro se revelam dois adolescentes que se aproveitam da boa vontade dos policiais para tentar fugir, atirando nos mesmos enquanto tentavam lhes prestar socorro. Lindsay se vê então obrigada a atirar de volta, matando um dos jovens e paralisando o outro. É um pesadelo.
Processada pelos pais dos adolescentes, ela é afastada do emprego e se vê numa disputa judicial pelo próprio futuro. Cansada, recuperando-se dos tiros que levou e constantemente assediada pela mídia, Lindsay se acomoda em Half Moon Bay, na casa da irmã que está de férias com os filhos, pra se afastar dos problemas.
Mas o que deveria ser um tempo tranquilo se torna uma nova investigação quando Lindsay lê sobre assassinatos que tem acontecido na região, crimes muito parecidos com o primeiro no qual trabalhou; o assassinato de um jovem que ficou sem solução.
Lindsay, com a ajuda ocasional das amigas do clube, tenta resolver o caso, se livrar do problema judicial e não acabar vítima do serial killer que tem aterrorizado a cidade.
Não é um livro particularmente bom – ou ruim. Não é previsível demais, não é mal escrito, tem personagens fortes e coerentes. Mas não é ótimo. Achei meio confuso e um tanto quanto pretencioso. Por exemplo, alguns trechos são narrados pelos assassinos – sim, mais de um - que usam codinomes enquanto fazem, digamos, seus ofícios. E tudo ao redor dessas cenas, que eram só quando conseguíamos saber efetivamente alguma coisa sobre os crimes, achei apelativo demais, tentando forçar um mistério que realmente não estava no ar. Eu nunca tinha lido nada do James Patterson antes, e quando li que ele era grande personalidade no campo dos policiais fiquei animada, mas não pude evitar achar o livro meio fraco.
Ainda assim me afeiçoei aos personagens; a cadela fiel de Lindsay, o namorado importante que aparecia de vez em quando, as pessoas atenciosas da cidade, o melhor amigo policial. Tudo é bem amarrado, não vi pontas soltas na história, e no final as justificativas até faziam algum sentido, mas não fui convencida pela história. Talvez por que o livro faça parte de uma série e tudo meio que já está no ar e eu tenha sentido falta de uma história mais ampla pros personagens, mas não acho que esse tenha sido o ponto central do meu não-gostar-não-desgostar do livro. Não sei. Mas não se engane; li o livro todo de uma vez, sem fazer muito mais que algumas pausas estratégicas aqui e acolá. Prendeu minha atenção enquanto eu tentava achar o culpado, assim como Lindsay.
Fiquei assim, em cima do muro, e não sei se recomendo a leitura não. Li algumas resenhas por aí e vi gente que também ficou assim como eu, e vi gente que adorou o livro. Não estou particularmente interessada nos próximos do Clube, ou nos anteriores, mas leria sem problemas se eu colocasse minhas mãos neles. James Patterson escreveu um policial razoavelmente bom, de leitura fácil e que apesar da falta da aura de mistério, foi bem conduzido. Não foi um livro que me conquistou, mas que cumpriu o prometido e valeu minha leitura.
E foi isso.
Beijo, beijo,
Thai.