Postais do Coração - Ella Griffin

29 de maio de 2013


Postais do Coração
Ella Griffin
Editora Novo Conceito 
448 páginas
2012

Saffy tem um trabalho incrível em uma agência de propaganda em Dublin. Ela tem sua difícil mãe a uma distância segura. E ela acredita que seu namorado ator Greg — o próximo Colin Farrell — finalmente irá pedi-la em casamento.
Conor admira a linda Jess. Mas depois de sete anos e gêmeos, ela ainda não se casará com ele. Ele passa os dias ensinando adolescentes terríveis e as noites escrevendo o livro que espera que mude tudo — inclusive a mente dela.
Mas está difícil de alcançar finais felizes...

Postais do Coração foi um livro muito complicado pra mim. Ele acompanha a história de quatro personagens: dois casais amigos, mas completamente diferentes em seus relacionamentos e personalidades. E não simpatizei com nenhum deles.

Saffy é uma mulher moderna, independente, que resolve problemas (e a vida do namorado de anos e anos, Greg, o canalha). Você pensaria que eu a acharia um amor, sabe como é, dividindo carreira comigo e tudo, mas não. Greg é um ator super dependente com mania de grandeza que, como quase todo ator clichê de livro, é um belo de um idiota. Se acha incrível, tem pouca consideração pelas pessoas e pelos sacrifícios que elas fazem por ele. Logo no começo da história termina o relacionamento com Saffy por que ela, ensandecida, quer que ele a peça em casamento.

Connor é escritor, e é "casado" com Jess, uma liberal simpática linda-demais-pra-estar-comigo e mãe de família. Apesar de amar os filhos e a "esposa", Connor é infeliz porque odeia o trabalho e não consegue engrenar como escritor. Até que ele consegue atrair a atenção de uma editora, e precisa se dedicar exclusivamente à escrita. Mas, espera, e a família?

Postais se desenvolve a partir desses dois pontos de mudança: o término de Saffy e Greg e o sim da editora à Connor, mas sem a pegada de humor de um chick-lit ou a carga necessária para um drama. O livro paira ali pelo que, em animes e mangás, chamamos de "slice-of-life"; simplesmente a vida cotidiana dos personagens. Mas não entenda mal: não é que não aconteça nada com eles ou que a história seja "parada"; a vida de Saffy e Greg é incrivelmente movimentada e cheia de problemas e situações estranhas que guiam o livro pela sua totalidade. Mesmo assim, nada conseguiu realmente me prender à história. Os personagens não me cativaram (até me revoltaram, sinceramente) e Connor e Jess ficaram um tanto apagados, com seu drama familiar se desenrolando todo ao redor do egoísmo de Connor, que fica animado e desesperado quando não consegue tempo ou criatividade para continuar sua história.

No geral, não gostei do livro. É bem escrito, mas sem nada que realmente chame a atenção. Muitos personagens surgiram do nada, problemas surgiram do nada, situações forçadas aconteciam o tempo todo (mas algumas eram até possíveis, veja só). Achei o livro chato. Afinal de contas, acompanhar os inúmeros acontecimentos da vida de personagens nada cativantes, com quem eu não me importava nada, foi realmente difícil.

Achei a história central fraca, os personagens fracos, o desenvolvimento sem graça e sem mistério. E o livro é realmente muito grande, e a leitura, depois de certo ponto, foi arrastada e difícil. Então, não, não recomendo. Mas sei lá, acho que, se você conseguir se simpatizar com os protagonistas, de repente a coisa flui. Pra mim não deu.

Era isso,
beijo, beijo,
Thai.
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