O Enigma do Oito - Katherine Neville
Editora Rocco - 678 páginas
Um romance de ação, suspense e mistério, no qual cada reviravolta é uma jogada de mestre.
Com personagens que se movem como peões num tabuleiro, 'O enigma do oito' conta a história do lendário xadrez de Carlos Magno, escondido durante mais de mil anos e desenterrado na Abadia de Montglane, nos Pirineus, às vésperas do início da Revolução Francesa. Quase 200 anos depois, na década de 1970, em Nova York, uma especialista em informática se vê envolvida num perigoso jogo, iniciado dois séculos antes, quando o xadrez deixou a Abadia.
1790, Revolução Francesa. 1972, petróleo e tecnologia. É em 1790 que a abadessa de Montglane envia suas noviças em uma missão extremamente importante e, talvez até suicida. Mireille e Valentine são duas delas e passam a ter papel fundamental nessa história. As freiras devem desenterrar o xadrez e espalhá-lo pelo mundo, para que tamanho poder não caia nas mãos de certo bispo. Mas, ao chegar na casa de seu novo tutor, David, o plano acaba sendo ligeiramente desviado...
Em 1972, a profissional de processamento de dados, Catherine Velis, está passando por um certo problema na empresa em que trabalha. Irritou o chefe e será transferida. De Nova York para a Argélia. Mas essa viagem acaba tendo mais impactos que ela poderia imaginar. Cat não sabe nada sobre xadrez, mas nem por isso o esporte deixa de ficar aparecendo por todos lados em sua vida.
Matemática, física, química, história, geografia, música, xadrez.. Talvez você não goste de alguns desses, talvez você só goste da música (quem não gosta de música?), mas se você gosta de um mistério, se gosta de uma charada, você vai ver tudo isso com olhos ligeiramente mudados. O Enigma do Oito é um livro tão inteligente, que eu não acho que dê para ser lido de um fôlego só até o xeque-mate, como vem escrito no back do livro.
Eu gostei muito do livro por sua interdisciplinaridade e seu suspense. E eu gosto de xadrez, e de matemática. Logo, ele facilmente me conquistou. Mas, eu senti que cenas de ação não são o forte da Katherine Neville. Há um número considerável de cenas assim e ela simplesmente tornou tudo bizarro e infantil, as brigas me davam uma tremenda agonia, até porque, pra mim, elas aconteciam do nada. O livro todo incrível e, de repente, tinha um cachorro mordendo a panturrilha do antagonista.
No início, eu viciei nas partes do século XVIII. Mireille simplesmente me conquistou muito fácil e o mistério de lá estava bem mais avançado que o de cá, apenas 30 anos atrás. Só que mais para o final do livro, as posições se invertem e a coisa no "presente" esquenta.
Amei os quotes nas separações das partes do livro. Alice no País do Espelho, O Conde de Monte Cristo, Sherlock Holmes... Por fim, o livro está recomendado. Mas esteja afim de muita estratégia e conhecimentos novos, abra bem a sua mente e aproveite!
Beijos,