Cinquenta tons de cinza #1
E.L. James
Editora Intrínseca
455 páginas
2012
Em Cinquenta tons de cinza, Anastasia Steele é uma jovem prestes a se formar na faculdade. Uma jovem apreciadora de livros clássicos, estabanada, não muito sociável, mas com a língua afiada. Bom, para o contexto do livro, ser inicialmente virgem também é uma característica válida para descrever Anastasia. Porém parece mais que eu acabei de descrever a Bella de Crepúsculo.
Quando eu fiquei sabendo da existência dessa trilogia e que ela seria traduzida para o português, eu li uma sinopse e fiquei com a impressão de que seria um Crepúsculo com muito sexo. Achei a ideia engraçada e fiquei com uma vontadezinha de ler. Então, quando a Intrínseca lançou o livro e teve - continua tendo - todo esse alvoroço, eu não vi as pessoas comparando com Crepúsculo, só falando do BDSM. Por fim, resolvi ler.
Anastasia conhece Christian Grey porque sua amiga fica doente quando deveria entrevistá-lo e pede para a amiga fazer a entrevista em seu lugar. Então, lá vai Ana, correndo em cima da hora, sem saber nada sobre o homem, ler as perguntas do bloquinho e gravar suas respostas. Christian é um homem de muito sucesso - e eu não faço ideia do que ele realmente faça no trabalho -, rico, elegante e lindo. Também misterioso e com um passado obscuro. E ele logo se interessa por Ana porque acha, erroneamente, que ela daria uma ótima Submissa.
O livro tem um ritmo até rápido, mas páginas demais para um livro que trata apenas da relação de um casal. Acho que umas 150 páginas a menos faria muito bem a ele.
Christian é um cara engraçado, e que sabe ser fofo, mas muito, muito esquisito. E Ana tem dentro de si os antagonistas: inconsciente e deusa interior. Não consegui me acostumar com a deusa interior dando pulinhos de excitação. Achei isso estranho. Mas não vou dizer que não tenha gostado do livro. Só não estou muito curiosa para ler Cinquenta tons mais escuros, o segundo livro da série.
O livro tem, de fato, muito sexo, mas também tem muito romance. Então, acho que não preciso necessariamente recomendá-lo ou não. Acho muito difícil dizer se Cinquenta tons de cinza é ou não um livro bom, acredito que dependa mais da pessoa que está lendo do que do livro em si. Apenas senti falta de algo além da relação, especialmente sexual, de Christian e Anastasia. Qualquer coisa que não fosse eles e seus diferentes estilos "na cama", mas não necessariamente por lá, viria a calhar.
Beijos, beijos,
Celle.