Dezessete Luas - Kami Garcia e Margareth Stohl.

24 de setembro de 2012


Dezessete Luas
"Beautiful Darkness"
Kami Garcia e Margareth Stohl
Galera Record
462 páginas


"Juntos, Ethan e Lena podem enfrentar qualquer ataque de Gatlin. Ao menos era assim que funcionava antes de Lena sofrer uma perda trágica e começar a se afastar e guardar segredos que estão testando o relacionamento. E agora que Ethan abriu os olhos para o lado negro de Gatlin, não há como voltar atrás. Assombrado por estranhas visões que somente ele consegue ver, Ethan vai sendo puxado cada vez mais para dentro da história confusa de sua cidade."
(Sinopse do Site da Galera)

   Dezessete luas é um livro surpreendentemente bom. Quero dizer, eu adorei Dezesseis Luas, mesmo, e estava ansiosa pela continuação. Mas o início de Dezessete me desanimou um bocado. Foi difícil levar, difícil aguentar Lena e suas oscilações de humor. Mas depois que a isso deixou de ser o foco da história e nós voltamos a nos concentrar em Ethan - que é amor - devorei o livro e fui feliz.

  O começo de Dezessete Luas é continuação direta, mas não imediata, dos acontecimentos dos últimos capítulos do 1º volume da série. E praticamente toda a primeira metade de Dezessete gira apenas em torno de Ethan e Lena tentando voltar ao normal e se adequar depois de suas perdas. O que já é um pouco demais; Dezessete Luas é um livro grande e eu não precisava ler apenas Lena sendo e fazendo o Ethan infeliz por tanto tempo. Mas enfim, aos trancos e barrancos, a história finalmente começa a avançar pra águas mais interessantes e, tal qual no Dezesseis Luas, por causa da música profética que toca só pros dois.

   Vemos bem mais de Link, o melhor amigo desajeitado de Ethan, e Marian, a bibliotecária da Lunae Libre, neste livro. O que é ótimo, pois são personagens que só vão ficando mais queridos ao longo da história. Link agora realmente faz parte da ação - ele não está simplesmente lá enquanto Ethan fica de um lado sobrenatural a outro; ele faz coisas dessa vez, e faz por que quer e tem que fazer, assim como Ethan. Já Marian, junto com sua nova e britânica e adorável assistente, Olivia, é aquela que guia todas as explicações e dá as dicas para entender a verdade e os motivos que permeiam Gatlin e a vida dos personagens principais como é agora. Infelizmente, vemos menos de Amma nesse livro. É uma perda colossal, pelo menos pra mim, por que não é em todo YA que temos uma velhinha badass em ação assustando vilões e resolvendo problemas na marra (bem no estilo Hetty em NCIS LA ou McGonnagal em Harry Potter).

   Outra felicidade é que finalmente começamos a entender a história dos Ravenwood e dos conjuradores antigos e da maldição de Lena, e até mesmo a morte (e a vida) da mãe de Ethan. Tudo é misterioso e se encaixa devagar e faz todo o sentido, no final. E todos os personagens, exceto dona Lena Duchanes, foram bem desenvolvidos ou evoluíram e encheram meu peito de amor com suas próprias histórias e motivos. Me apeguei a muitos deles, personagens que antes eu simplesmente não ligava a mínima, como Ridley e o próprio Link, que até me incomodava em Dezesseis.

   O desfecho foi quase ótimo eu e minhas pontas erradas em triângulos amorosos que nem chegaram a ser direito e a dica para o próximo volume e as pontas soltas que se desenvolverão nele estão todas lá, mas não foram muito anunciadas. Kami e Margareth se concentraram em fechar o problema da vez - que são o Ethan e a Lena, claro. Mas, e é por isso que eu adoro a série,  o ponto central não são os porquês da Lena ou sua maldição. É o Ethan e como ele se sente, o que entende e o que faz com isso. É o ponto de vista de um garoto de 16,17 anos que não é retardado, mas fiel e sincero e completamente feito de amor, mesmo quando totalmente confuso. E, mesmo que isso não faça dele o personagem mais másculo do mundo, e seja um tanto quanto irreal se fomos comparar com os garotos de 17 anos por aí, Ethan Wate ainda é o que me faz abrir as páginas e devorar a história. Ele e, é claro, a minha curiosidade de saber afinal da onde vem e pra onde vão o problema e os vilões e a maldição e a lua... Enfim, mal posso esperar pelo próximo.
 
    Então, leia Dezesseis Luas, leia Dezessete, aguente a Lena do começo e depois ame Ethan, Liv, Lucille e Link, por que são esses quem fazem feliz esse YA sobrenatural. E esse é um daqueles pra ninguém botar muito defeito, pra adorar mesmo quando você já cansou de ler YA tipo eu. Recomendadíssimo!

Beijo, beijo,
Thai.


Agora, falando em Beautiful Creatures, a Warner Bros comprou os direitos de adaptação para o cinema da série e o filme sai ano que vem, em fevereiro! E, embora eu particularmente não tenha gostado do cara que vai fazer o Ethan, o trailer encheu meus olhos d'água e os efeitos estão sensacionais e a coisa tá parecendo bastante boa. Enfim, dê uma olhada, que tá amor. 

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