Dezessete Luas
"Beautiful Darkness"
Kami Garcia e Margareth Stohl
Galera Record
462 páginas
"Juntos, Ethan e Lena podem enfrentar qualquer ataque de Gatlin. Ao menos era assim que funcionava antes de Lena sofrer uma perda trágica e começar a se afastar e guardar segredos que estão testando o relacionamento. E agora que Ethan abriu os olhos para o lado negro de Gatlin, não há como voltar atrás. Assombrado por estranhas visões que somente ele consegue ver, Ethan vai sendo puxado cada vez mais para dentro da história confusa de sua cidade."
(Sinopse do Site da Galera)
Dezessete luas é um livro surpreendentemente bom. Quero dizer, eu adorei Dezesseis Luas, mesmo, e estava ansiosa pela continuação. Mas o início de Dezessete me desanimou um bocado. Foi difícil levar, difícil aguentar Lena e suas oscilações de humor. Mas depois que a isso deixou de ser o foco da história e nós voltamos a nos concentrar em Ethan - que é amor - devorei o livro e fui feliz.
O começo de Dezessete Luas é continuação direta, mas não imediata, dos acontecimentos dos últimos capítulos do 1º volume da série. E praticamente toda a primeira metade de Dezessete gira apenas em torno de Ethan e Lena tentando voltar ao normal e se adequar depois de suas perdas. O que já é um pouco demais; Dezessete Luas é um livro grande e eu não precisava ler apenas Lena sendo e fazendo o Ethan infeliz por tanto tempo. Mas enfim, aos trancos e barrancos, a história finalmente começa a avançar pra águas mais interessantes e, tal qual no Dezesseis Luas, por causa da música profética que toca só pros dois.
Vemos bem mais de Link, o melhor amigo desajeitado de Ethan, e Marian, a bibliotecária da Lunae Libre, neste livro. O que é ótimo, pois são personagens que só vão ficando mais queridos ao longo da história. Link agora realmente faz parte da ação - ele não está simplesmente lá enquanto Ethan fica de um lado sobrenatural a outro; ele faz coisas dessa vez, e faz por que quer e tem que fazer, assim como Ethan. Já Marian, junto com sua nova e britânica e adorável assistente, Olivia, é aquela que guia todas as explicações e dá as dicas para entender a verdade e os motivos que permeiam Gatlin e a vida dos personagens principais como é agora. Infelizmente, vemos menos de Amma nesse livro. É uma perda colossal, pelo menos pra mim, por que não é em todo YA que temos uma velhinha badass em ação assustando vilões e resolvendo problemas na marra (bem no estilo Hetty em NCIS LA ou McGonnagal em Harry Potter).
Outra felicidade é que finalmente começamos a entender a história dos Ravenwood e dos conjuradores antigos e da maldição de Lena, e até mesmo a morte (e a vida) da mãe de Ethan. Tudo é misterioso e se encaixa devagar e faz todo o sentido, no final. E todos os personagens, exceto dona Lena Duchanes, foram bem desenvolvidos ou evoluíram e encheram meu peito de amor com suas próprias histórias e motivos. Me apeguei a muitos deles, personagens que antes eu simplesmente não ligava a mínima, como Ridley e o próprio Link, que até me incomodava em Dezesseis.
O desfecho foi quase ótimo
Então, leia Dezesseis Luas, leia Dezessete, aguente a Lena do começo e depois ame Ethan, Liv, Lucille e Link, por que são esses quem fazem feliz esse YA sobrenatural. E esse é um daqueles pra ninguém botar
Beijo, beijo,
Thai.
Agora, falando em Beautiful Creatures, a Warner Bros comprou os direitos de adaptação para o cinema da série e o filme sai ano que vem, em fevereiro! E, embora eu particularmente não tenha gostado do cara que vai fazer o Ethan, o trailer encheu meus olhos d'água e os efeitos estão sensacionais e a coisa tá parecendo bastante boa. Enfim, dê uma olhada, que tá amor.