The Way We Fall
Megan Crewe
Editora Intrínseca
267 páginas
2013
Tudo tem início com uma coceira insistente. Então vem a febre e o comichão na garganta. Dias depois, você está contando seus segredos mais constrangedores por aí e conversando intimamente com qualquer desconhecido. Mais um pouco e começam as alucinações paranóicas. E então você morre.
Kaelyn acabou de voltar para a ilha onde nasceu, depois de passar um tempo morando no continente. Ela não fala mais com o melhor amigo que foi morar fora e não tem muitas outras amizades que valorize. Por ser a única menina de pele escura da ilha, além da mãe, é claro, ela conviveu desde sempre com os olhares cruzados, e se acostumou a ficar sozinha e fazer suas coisas. Mas quando o período letivo inicia, ela quer fazer diferente. Ela quer ser uma pessoa melhor para recuperar o melhor amigo, do qual ela nem se despediu, e para viver melhor, de maneira geral. Mas antes que ela perceba, esse é o menor dos seus problemas.
Um doença estranha surge na ilha. No começo, parece uma gripe, mas o comportamento estranho dos doentes rapidamente convence a todos da seriedade do problema: o vírus ataca o cérebro e é altamente contagioso. A Ilha é posta em quarentena. A ajuda é escassa, as comunicações caem e os moradores da ilha começam a saquear as lojas e a recorrer a violência. Seria o fim?
Um doença estranha surge na ilha. No começo, parece uma gripe, mas o comportamento estranho dos doentes rapidamente convence a todos da seriedade do problema: o vírus ataca o cérebro e é altamente contagioso. A Ilha é posta em quarentena. A ajuda é escassa, as comunicações caem e os moradores da ilha começam a saquear as lojas e a recorrer a violência. Seria o fim?
O livro é sensacional. Toda a situação é contada a partir do diário de Kaelyn, que faz do registro um porto seguro para os pensamentos ansiosos e assustados. Os personagens vão morrendo vão ficando cada vez mais interessantes, e nós vamos descobrindo suas facetas diante da crise junto com a Kae. Você se vê pendurado no livro, querendo e desejando que tal personagem não contraía a doença, que não deixe o mundinho da Kae. E os que ai que triste contraem a doença, vão jogando verdades no mundo que são sempre incômodas, sempre indesejadas e que deixam você (e a Kae) se perguntando se aquelas palavras eram mesmo verdade ou eram apenas o vírus falando...
A leitura me deixou sem fôlego. Não apenas pelo ritmo ou pelo horror da doença, mas pelo comportamento das pessoas diante do caos mesmo. Gangues, violência gratuita de quem deveria proteger, o abandono do governo, a falta de noticias e o medo de encarar pessoas que você conheceu a vida toda. É uma versão muito interessante (e provável) do comportamento das pessoas nessas situações. Destaque para Gav, a coisa mais cheia de amor do mundo, e Tessa, a namorada do ex melhor amigo que, de repente, era a única amiga que Kae tinha. Personagens queridos que foram torcendo meu coração ao longo do livro.
O único problema do livro foi que deixou um final super aberto e com poucas - ou nenhuma - resposta. As coisas chegam num ponto crítico de desgraças, você chora, se emociona, se descabela, e aí... o livro acaba.
A leitura me deixou sem fôlego. Não apenas pelo ritmo ou pelo horror da doença, mas pelo comportamento das pessoas diante do caos mesmo. Gangues, violência gratuita de quem deveria proteger, o abandono do governo, a falta de noticias e o medo de encarar pessoas que você conheceu a vida toda. É uma versão muito interessante (e provável) do comportamento das pessoas nessas situações. Destaque para Gav, a coisa mais cheia de amor do mundo, e Tessa, a namorada do ex melhor amigo que, de repente, era a única amiga que Kae tinha. Personagens queridos que foram torcendo meu coração ao longo do livro.
O único problema do livro foi que deixou um final super aberto e com poucas - ou nenhuma - resposta. As coisas chegam num ponto crítico de desgraças, você chora, se emociona, se descabela, e aí... o livro acaba.
minha reação quando li o final
mas aí descobri que era uma trilogia... |
(tirei do google, mas a imagem é do garota it). |
Enfim, então, tudo bem. O Fim de Todos Nós é o primeiro de três livros que vão contar como a situação se resolveu pra além da quarentena e da criação da cura (Se é que acharam uma mesmo. O livro não quis me contar). Mesmo assim, achei desnecessário o final sem nenhuma resposta, sem nenhuma indicação do estado de saúde da Mer, a prima fofinha da Kaelyn, ou sinal de vida do irmão dela. Hazel Grace pode achar o máximo que o livro acabe assim, sem final, mas eu gosto de saber o que acontece na conclusão da história. Fiquei frustrada sim, e quase chorei de raiva, mas a leitura foi tão absurdamente ótima que fez valer a pena assim mesmo.
Então, sério mesmo, está recomendado. Espero que os próximos cheguem por aqui logo, por que estou louca pra lê-los!
Beijo, beijo,
Thai.