Paperboy
Pete Dexter
Editora Novo Conceito
336 páginas
2013
Paperboy foi uma leitura bem estranha. Acho que essa é uma boa forma de definir.
Lá pela metade do livro, eu percebi que eu não gostava de nenhum dos personagens. Os defeitos deles eram gritantes demais e me irritavam tanto que eu não conseguia simpatizar - ou torcer - por ninguém. (Os Van Wetter e o Yardley eram os piores). Se eles se ferrassem muito, eu não ligava pra eles ou pra como eles sairiam da situação, porque para mim, eles simplesmente não eram gostáveis. Os irmãos Ward eram os que se salvavam na situação, mas no fundo eu não gostava deles de verdade. Era um sentimento de menos pior, na verdade.
Outra coisa que eu não gostei e chamou bastante atenção foi o modo que ele é escrito. Ele não é dividido em capítulos. A divisão no livro é feita com um espaço maior entre um parágrafo e outro (como encontramos em muitos livros) com um quadradinho no espaço marcando a mudança da cena. E, embora não tenha capítulos, o livro é repleto dessas pequenas marcações, então cada parte é muito pequena, tendo umas três páginas ou até mesmo apenas dois parágrafos. Eu demorei bastante para me acostumar com o estilo de narrativa, porque parecia que nada me prendia e as coisas aconteciam muito rápido. Quando acontecia algo que eu achava que merecia explicação e desenvolvimento, a cena já mudava, a parte que eu gostei acabava e ninguém nunca mais tocava no assunto. Era meio frustante.
Mesmo com meu problema com a ausência de capítulos e os personagens, Paperboy foi um livro que eu li rápido. Acho que as cenas eram bem curtas, eu estava tentando me entender com a história e os personagens e realmente queria saber no que tudo ia dar, então foi um livro que me prendeu pela curiosidade. A história é interessante também, mas eu não consegui me entregar para ela. Não chegou a ser uma leitura arrastada, que eu tenha resolvido largar ou nada. Só não era o meu tipo de livro, acho. Não vou falar que me arrependo de ter lido, de jeito nenhum, mas não pretendo ler de novo.
Então, por fim, eu não vou falar que recomendo Paperboy, mas acho que quem se interessou pela sinopse e acha que não vai se importar com o que eu não gostei, deveria dar uma chance. É um livro bem diferente de tudo que eu já li, praticamente em tudo: a história, a ambientação, os personagens e a narrativa. Acho que valeu a pena para conhecer mesmo. Só que não é compatível com o que eu gosto. Simples assim.
Beijos.
Pete Dexter
Editora Novo Conceito
336 páginas
2013
Hillary Van Wetter foi preso pelo homicídio de um xerife sem escrúpulos e está, agora, aguardando no corredor da morte. Enquanto espera pela sentença final, Van Wetter recebe cartas da atraente Charlotte Bless, que está determinada a libertá-lo para que eles possam se casar. Bless tentará provar a inocência de Wetter conquistando o apoio de dois repórteres investigativos de um jornal de Miami: o ambicioso Yardley Acheman e o ingênuo e obsessivo Ward James. As provas contra Wetter são inconsistentes e os escritores estão confiantes de que, se conseguirem expor Wetter como vítima de uma justiça caipira e racista, sua história será aclamada no mundo jornalístico. No entanto, histórias mal contadas e fatos falsificados levarão Jack James, o irmão mais novo de Ward, a fazer uma investigação por conta própria. Uma investigação que dará conta de um mundo que se sustenta sobre mentiras e segredos torpes.
Paperboy foi uma leitura bem estranha. Acho que essa é uma boa forma de definir.
Lá pela metade do livro, eu percebi que eu não gostava de nenhum dos personagens. Os defeitos deles eram gritantes demais e me irritavam tanto que eu não conseguia simpatizar - ou torcer - por ninguém. (Os Van Wetter e o Yardley eram os piores). Se eles se ferrassem muito, eu não ligava pra eles ou pra como eles sairiam da situação, porque para mim, eles simplesmente não eram gostáveis. Os irmãos Ward eram os que se salvavam na situação, mas no fundo eu não gostava deles de verdade. Era um sentimento de menos pior, na verdade.
Outra coisa que eu não gostei e chamou bastante atenção foi o modo que ele é escrito. Ele não é dividido em capítulos. A divisão no livro é feita com um espaço maior entre um parágrafo e outro (como encontramos em muitos livros) com um quadradinho no espaço marcando a mudança da cena. E, embora não tenha capítulos, o livro é repleto dessas pequenas marcações, então cada parte é muito pequena, tendo umas três páginas ou até mesmo apenas dois parágrafos. Eu demorei bastante para me acostumar com o estilo de narrativa, porque parecia que nada me prendia e as coisas aconteciam muito rápido. Quando acontecia algo que eu achava que merecia explicação e desenvolvimento, a cena já mudava, a parte que eu gostei acabava e ninguém nunca mais tocava no assunto. Era meio frustante.
Mesmo com meu problema com a ausência de capítulos e os personagens, Paperboy foi um livro que eu li rápido. Acho que as cenas eram bem curtas, eu estava tentando me entender com a história e os personagens e realmente queria saber no que tudo ia dar, então foi um livro que me prendeu pela curiosidade. A história é interessante também, mas eu não consegui me entregar para ela. Não chegou a ser uma leitura arrastada, que eu tenha resolvido largar ou nada. Só não era o meu tipo de livro, acho. Não vou falar que me arrependo de ter lido, de jeito nenhum, mas não pretendo ler de novo.
Então, por fim, eu não vou falar que recomendo Paperboy, mas acho que quem se interessou pela sinopse e acha que não vai se importar com o que eu não gostei, deveria dar uma chance. É um livro bem diferente de tudo que eu já li, praticamente em tudo: a história, a ambientação, os personagens e a narrativa. Acho que valeu a pena para conhecer mesmo. Só que não é compatível com o que eu gosto. Simples assim.
Beijos.