[Retroprojetor #36] Para Roma, com Amor

18 de novembro de 2012

Para Roma, com Amor
Diretor: Woody Allen 
Comédia Romântica 
112 minutos 
2012

Resolvi, depois de assistir ao trailer, assistir a um filme do Woody Allen. Afinal, por que não?
As críticas desse filme são bastante diversas, variando entre "muito engraçado" até "pior filme do Woody Allen". Mas enfim, o trailer me pareceu divertido. 

O filme é formado por diferentes histórias, tendo apenas em comum serem localizadas em Roma.  São quatro histórias: um casal que vai até Roma conhecer o noivo da filha; um casal recém-casado e muito confuso nas ruas de Roma; um arquiteto que funciona como consciência de um estudante de arquitetura; e um homem completamente aleatório que vê sua vida transformada em interesse público. 

Vou falar um pouquinho sobre cada uma das histórias pois todas elas se desenvolvem bastante e realmente não se encontram em lugar nenhum. São como quatro pequenos filmes diferentes, juntos em um só. 

Jerry (Woody Allen - que também escreveu e atuou no filme) e Phyllis são americanos e viajam até Roma para conhecer Michelangelo, noivo de sua filha Hayley, e sua família que segue o ramo funerário. Hayley viajou para Roma e lá conheceu o amor de sua vida, mas seu pai está bastante inseguro em conhecê-lo porque Michelangelo segue o estilo comunista. Em meio á família, Jerry arranja um afazer para sua aposentadoria: o pai de Michelangelo, além de cremar pessoas, é um excelente cantor de chuveiro, e por que não ser seu empresário? Eu classificaria essa história como engraçada de maneira absurda. Não por ser absurdamente engraçada, mas por mostrar acontecimentos absurdos. 

Milly e Antonio vão conhecer os tios de Antonio, pessoas sérias e distintas que darão um emprego a seu sobrinho. Logo depois de chegarem em Roma, Milly precisa ir ao salão de beleza antes que os tios cheguem, mas o salão do hotel está cheio, então ela precisa procurar pela cidade. Milly sai pedindo informações pela rua, mas parece que o salão fica cada vez mais longe e em direções opostas. Ela tenta voltar mas também se perde para isso. Enquanto isso, Anna (Penélope Cruz), que é uma prostituta, aparece no quarto e diz estar paga e ser um presente para Antonio. É claro que os tios chegam e encontram os dois na cama, mesmo que Antonio estivesse apenas afirmando que tudo era um engano. O casal passa o filme todo separado, cada um metido em sua própria confusão, provando que nem um e nem o outro é o que seu cônjuge pensa. Essa é uma história confusamente engraçada. Tanto Milly quanto Antonio são pessoas bobas e facilmente seduzidos. Acho que a Penélope Cruz é a mais engraçada e eu nem costumo gostar dela.

O pequeno filme dos arquitetos foi o que eu mais gostei. John está de férias em Roma e, procurando a rua em que morava anos atrás, encontra Jack, um estudante de arquitetura que conhece seu trabalho e o convida para um café. A partir daí, John passa a funcionar como uma consciência crítica de Jack. Sempre presente, sempre falando o que quer que lhe desse vontade e magicamente apenas Jack, e às vezes Monica, são capazes de ouvi-lo. Monica é uma amiga da namorada de Jack que foi passar uns tempos com eles pois está desempregada (é atriz) e terminou com o namorado. A namorada de Jack acha sua amiga incrível e a elogia o tempo todo, mas tem medo de que Jack se apaixone por ela, já que ela faz esse tipo de coisa com os homens. Os comentários de John e o jeito como ele conversa com os outros personagens em paralelos às cenas são bem engraçados. 

Por último, a história que tem uma crítica bem interessante mas não é tão divertida. Leopoldo é um cara comum, casado e totalmente desinteressante. Então, DO NADA, repórteres começam a querer entrevistá-lo, paparazzi o segue por todos os lados, todos querem saber o que ele comeu no café da manhã, como ele faz a barba, como corta o cabelo, sua opinião sobre qualquer coisa o mais ridícula possível. Uma crítica retratada de forma exagerada - ou será que não? - sobre o interesse que as pessoas tem na vida dos famosos. 

Uma das coisas mais interessantes no filme é como todas as quatro histórias conseguem ser tão aprofundadas dividindo 112 minutos entre elas. De modo geral o filme é legal, é interessante, mas não achei nada maravilhoso e nem de chorar de rir. É válido. E dá muita vontade de ir à Roma. 

Beijos, 
Celle. 
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