Rabiscando em Série #13

29 de setembro de 2012

Mais uma série de 20 minutos de comédia, não melhor que New Girl (também não pior) e nunca melhor que How I Met Your Mother, porém ainda engraçada. Vamos falar de 2 Broke Girls!


Sobre a Série: Caroline Channing, uma ex-milionária, acabou de perder tudo o que tinha. Seu pai, após roubar dinheiro de metade de Nova York, foi preso e ela tem que se virar sozinha, no Brooklyn. 
 Caroline, então, começa a trabalhar como garçonete em uma lanchonete, junto com Max Black. Max sempre foi pobre e sem pai, tudo que Caroline passara a ser nos últimos dias. Caroline vai morar com Max e elas logo começam um novo negócio de cupcakes caseiros. Com Max como cozinheira e Caroline como empreendedora, elas vão juntando dinheiro e no fim de cada episódio aparece o total de dinheiro guardado. 
Apesar de vidas tão diferentes, até então, as meninas descobrem que tem algumas coisas em comum. E no resto elas se completam, Max sempre pessimista e assustadora e Caroline sonhadora e empolgada... e por aí vai. 

Quem faz: Max é a Kat Dennings, que fez Thor e estará também na continuação. E Caroline é vivida por Beth Behrs, que está em American Pie: O livro do amor. Os outros personagens presentes em todos os episódios são Earl (Garrett Morris), o caixa da lanchonete de 75 anos. Eu não entendo praticamente nada do que ele diz, mas ele é bem engraçado mesmo assim. Oleg (Jonathan Kite), o cozinheiro ucraniano, bastante tarado e muito engraçado - o ator fez participações em várias séries da Disney. Han (Matthew Moy), o coreano baixinho, muito baixinho e dono da lanchonete. E ainda tem o Johnny (Nick Zano), amigo/paquera de Max e bartender (não na lanchonete)/artista urbano, e a Sophie (Jennifer Coolidge), a nova vizinha polonesa. 
Max e Caroline tem todo o destaque da série, obviamente, mas os outros também tem suas doses de importância e crédito nas risadas. 

Caroline e Max, nessa ordem

Desenvolvimento: Não gostei muito dos dois primeiros episódios, mas continuei a assisti-los e não me arrependo. Inclusive, já assisti ao primeiro episódio da segunda temporada. Tudo ficou mais legal quando as meninas passaram e ser amigas de verdade. Max é muito engraçada com seu jeito bruto, mas o jeito com o qual ela trata alguns clientes chega a ser absurdo, ela é uma espécie de caricatura. É legal de vê-la descobrindo coisas novas e acreditando mais em si mesma com a ajuda de Caroline.
Ao mesmo tempo, Caroline também tem sua cota de coisas novas para aprender com Max, é claro. Caroline vai aprendendo a superar o fato de todos seus amigos antigos terem virado suas costas para ela e de haver tanta gente que a odeie por causa de seu pai (que é um cara legal, no fim das contas, corrupto, mas um bom pai). E ainda aprende a ser pobre. Acho que o mais interessante é que, mesmo com tantos problemas, Caroline parece (quase) sempre feliz e disposta a ganhar seu dinheirinho. 

Enfim, por que assistir? Piadas sobre peitos. Muitas, esteja preparado. 

Max e Johnny
Mas não é por isso que você deve assistir à série. Mesmo que as piadas sejam boas. 
Acho que essas séries de 20 minutos de comédia são muito saudáveis e 2 Broke Girls é uma muito válida. A série é meio uma série de mulher, meio comédia escrachada. Então, acho que pode agradar as diferentes tipos de pessoas. 
Pois bem, divirtam-se! 

Beijos, beijos, 
Celle. 



P.S. Eu te Amo - Cecelia Ahern

26 de setembro de 2012


P.S. Eu te Amo
Cecelia Ahern
Editora Novo Conceito

368 páginas 
2005/2012
Gerry e Holly eram namorados de infância e ficariam juntos para sempre, até que o inimaginável acontece e Gerry morre, deixando-a devastada. Conforme seu aniversário de 30 anos se aproxima, Holly descobre um pacote de cartas nas quais Gerry, gentilmente, a guia em sua nova vida sem ele. Com ajuda de seus amigos e de sua família barulhenta e carinhosa, Holly consegue rir, chorar, cantar, dançar e ser mais corajosa do que nunca.
(Sinopse SKOOB)

Eu sempre gostei muito do filme P.S. Eu te Amo e também sempre tive vontade de ler o livro, mas nunca tive a oportunidade. Até que a Novo Conceito resolveu relançar o livro da linda Cecelia Ahern! 

Daqueles livros que o filme é mais famoso e eu leio já sabendo a história, P.S. Eu te Amo conseguiu me prender mesmo assim. Mesmo com o mocinho já começando morto. O livro é um romance de uma pessoa com a lembrança de outra. É triste, é claro. Mas é também muito bonito. E não é o primeiro livro que eu leio "sobre luto", e talvez eu tenha a tendência estranha de gostar deles. 

Gerry, depois de passar alguns meses doente, morre com um tumor cerebral. A doença veio de repente e não demorou muito para passar, o levando junto. Porém, cerca de dois meses depois de sua morte, Holly finalmente consegue voltar a sair de casa e vai até a casa de sua mãe para pegar as correspondências que estão lá com o nome dela. E, então, começa.

O que era uma brincadeira entre amigos tornou-se real no momento em que Gerry resolvera escrever A LISTA. Uma série de coisas que Holly deveria fazer para sobreviver sem ele. Eles sempre falavam sobre isso quando casados e não imaginavam que ela seria mesmo necessária tão logo. Mas, mesmo assim, as 10 cartas passaram a ser motivos de muita expectativa para Holly, pois ela só poderia abrir uma por mês. E assim ela seguiria até o fim do ano. 

A autora tenta passar a ideia de que não é porque o Gerry morreu que ele foi um cara perfeito, mas que tipo de pessoa pensa nas coisas que ele deixou e escreveu para Holly no leito de morte? Até que, mais para o fim do livro, nós temos uma visão mais reflexiva sobre essas cartas, será que foi mesmo uma coisa boa fazer com que a Holly ficasse 10 meses esperando por notícias dele, como se ele estivesse apenas viajando? Não seria melhor se ele tivesse simplesmente sumido? Morrido completamente?  

Holly é uma mulher bastante normal. Meio louca. Do tipo que gosta de fazer compras, beber e sair com as amigas. Nunca gostou de nenhum de seus vários empregos passados e costumava viver muito mais seu casamento do que para qualquer outra coisa. Família irlandesa grande e escandalosa, no estilo Marian Keys. Então, também há momentos muito engraçados salpicados pela história, momentos que me arrancaram algumas gargalhadas, até. 

Um romance leve, apesar de tudo, uma leitura muito agradável. Não tenho do que reclamar. A não ser que você queira ser surpreendido, pois não é esse tipo de livro. Não há muitas reviravoltas ou coisas incríveis. É um livro bem gostoso, que cumpre o que promete. Recomendo. 

Beijos, beijos, 
Celle. 

Dezessete Luas - Kami Garcia e Margareth Stohl.

24 de setembro de 2012


Dezessete Luas
"Beautiful Darkness"
Kami Garcia e Margareth Stohl
Galera Record
462 páginas


"Juntos, Ethan e Lena podem enfrentar qualquer ataque de Gatlin. Ao menos era assim que funcionava antes de Lena sofrer uma perda trágica e começar a se afastar e guardar segredos que estão testando o relacionamento. E agora que Ethan abriu os olhos para o lado negro de Gatlin, não há como voltar atrás. Assombrado por estranhas visões que somente ele consegue ver, Ethan vai sendo puxado cada vez mais para dentro da história confusa de sua cidade."
(Sinopse do Site da Galera)

   Dezessete luas é um livro surpreendentemente bom. Quero dizer, eu adorei Dezesseis Luas, mesmo, e estava ansiosa pela continuação. Mas o início de Dezessete me desanimou um bocado. Foi difícil levar, difícil aguentar Lena e suas oscilações de humor. Mas depois que a isso deixou de ser o foco da história e nós voltamos a nos concentrar em Ethan - que é amor - devorei o livro e fui feliz.

  O começo de Dezessete Luas é continuação direta, mas não imediata, dos acontecimentos dos últimos capítulos do 1º volume da série. E praticamente toda a primeira metade de Dezessete gira apenas em torno de Ethan e Lena tentando voltar ao normal e se adequar depois de suas perdas. O que já é um pouco demais; Dezessete Luas é um livro grande e eu não precisava ler apenas Lena sendo e fazendo o Ethan infeliz por tanto tempo. Mas enfim, aos trancos e barrancos, a história finalmente começa a avançar pra águas mais interessantes e, tal qual no Dezesseis Luas, por causa da música profética que toca só pros dois.

   Vemos bem mais de Link, o melhor amigo desajeitado de Ethan, e Marian, a bibliotecária da Lunae Libre, neste livro. O que é ótimo, pois são personagens que só vão ficando mais queridos ao longo da história. Link agora realmente faz parte da ação - ele não está simplesmente lá enquanto Ethan fica de um lado sobrenatural a outro; ele faz coisas dessa vez, e faz por que quer e tem que fazer, assim como Ethan. Já Marian, junto com sua nova e britânica e adorável assistente, Olivia, é aquela que guia todas as explicações e dá as dicas para entender a verdade e os motivos que permeiam Gatlin e a vida dos personagens principais como é agora. Infelizmente, vemos menos de Amma nesse livro. É uma perda colossal, pelo menos pra mim, por que não é em todo YA que temos uma velhinha badass em ação assustando vilões e resolvendo problemas na marra (bem no estilo Hetty em NCIS LA ou McGonnagal em Harry Potter).

   Outra felicidade é que finalmente começamos a entender a história dos Ravenwood e dos conjuradores antigos e da maldição de Lena, e até mesmo a morte (e a vida) da mãe de Ethan. Tudo é misterioso e se encaixa devagar e faz todo o sentido, no final. E todos os personagens, exceto dona Lena Duchanes, foram bem desenvolvidos ou evoluíram e encheram meu peito de amor com suas próprias histórias e motivos. Me apeguei a muitos deles, personagens que antes eu simplesmente não ligava a mínima, como Ridley e o próprio Link, que até me incomodava em Dezesseis.

   O desfecho foi quase ótimo eu e minhas pontas erradas em triângulos amorosos que nem chegaram a ser direito e a dica para o próximo volume e as pontas soltas que se desenvolverão nele estão todas lá, mas não foram muito anunciadas. Kami e Margareth se concentraram em fechar o problema da vez - que são o Ethan e a Lena, claro. Mas, e é por isso que eu adoro a série,  o ponto central não são os porquês da Lena ou sua maldição. É o Ethan e como ele se sente, o que entende e o que faz com isso. É o ponto de vista de um garoto de 16,17 anos que não é retardado, mas fiel e sincero e completamente feito de amor, mesmo quando totalmente confuso. E, mesmo que isso não faça dele o personagem mais másculo do mundo, e seja um tanto quanto irreal se fomos comparar com os garotos de 17 anos por aí, Ethan Wate ainda é o que me faz abrir as páginas e devorar a história. Ele e, é claro, a minha curiosidade de saber afinal da onde vem e pra onde vão o problema e os vilões e a maldição e a lua... Enfim, mal posso esperar pelo próximo.
 
    Então, leia Dezesseis Luas, leia Dezessete, aguente a Lena do começo e depois ame Ethan, Liv, Lucille e Link, por que são esses quem fazem feliz esse YA sobrenatural. E esse é um daqueles pra ninguém botar muito defeito, pra adorar mesmo quando você já cansou de ler YA tipo eu. Recomendadíssimo!

Beijo, beijo,
Thai.


Agora, falando em Beautiful Creatures, a Warner Bros comprou os direitos de adaptação para o cinema da série e o filme sai ano que vem, em fevereiro! E, embora eu particularmente não tenha gostado do cara que vai fazer o Ethan, o trailer encheu meus olhos d'água e os efeitos estão sensacionais e a coisa tá parecendo bastante boa. Enfim, dê uma olhada, que tá amor. 

Um Lugar para Ficar - Deb Caletti

22 de setembro de 2012

Um Lugar para Ficar
Um Lugar para Ficar
Stay
Deb Caletti
272 páginas
Editora Novo Conceito

Sempre que vou ler um livro que eu já sei que tem um conteúdo mais pesado ou triste, eu tento me preparar  um pouco e escolher um bom momento. Então eu já começo o livro preparada para as várias situações terríveis que podem acontecer com os personagens. E, claro, quando decidi ler Um Lugar para Ficar, que falava sobre um relacionamento abusivo, eu me preparei dessa mesma forma. 

O livro se passa em dois momentos, um no passado e outro no presente, com capítulos intercalados. Em um deles, Clara está conhecendo Christian. O relacionamento deles é incrível, intenso e diferente de tudo que Clara já viveu. Com o tempo, Christian passa a ter um comportamento estranho e passamos a observar o relacionamento deles desse modo. Em outro, Clara está se mudando para um lugar novo com seu pai. Eu não posso deixar de dizer o quanto o pai de Clara é incrível, foi o personagem que eu mais gostei. Ele é ótimo! 

O relacionamento de Christian e Clara foi realmente o ponto alto do livro para mim, o que me conquistou. Até o momento que esse livro foi lançado, eu não tinha lido nada nem ouvido falar de nenhum livro que trouxesse um casal cheio de problemas graves. (Eu já vi muitas pessoas falando que Belo Desastre e 50 Tons de Cinza são assim, mas com uma abordagem diferente). O fato é que relacionamentos abusivos são pouco abordados, mas acho que podem estar muito mais perto do que imaginamos. Afinal, não são apenas agressões que configuram um relacionamento não-saudável, mas várias outras atitudes, que muitas vezes são facilmente perdoadas. A dificuldade de Clara de aceitar que estava realmente passando por um problema é natural. Pode ser irritante? Claro. Mas era só eu me colocar no lugar da personagem que eu entendia mais suas atitudes. 

Como vocês sabem, o livro tem um outro momento, com a mudança de Clara e seu pai. O fato da história ser intercalada traz um ar mais leve ao livro. Clara conhece pessoas novas, tenta mudar de vida. Toda a minha preparação para um livro pesado e muito triste não foi necessária no final, pois a autora soube dosar bem. Eu imaginei que o livro seria super triste, desses que nem final feliz tem como existir, mas estava errada. 

Um tema que eu gostei muito, uma vida nova e um ritmo que me prendeu. Gostei da leitura de Um Lugar para Ficar, mas não amei. Eu não tive muita conexão com a Clara e acho que foi isso que faltou. Mas, mesmo assim, é uma leitura que acho que vale a pena. Passar por esse problema com a Clara foi uma experiência super diferente e garanto que o livro traz outras surpresas para vocês. Espero que quem se interessou dê uma chance a ele. 

beijos
Julia

Momento comparação nada a ver: Enquanto eu escrevia a resenha desse livro, eu me lembrei de Garotas de Vidro, que fala sobre distúrbios alimentares. Eu falei a mesma coisa sobre os dois livros: abordam um problema grave, próximo e que quase ninguém discute. Os dois não tem muito em comum, mas Garotas de Vidro é outro livro que acho que deve ser lido por ser tão diferente dos YA's que acho que são mais famosos. E, caso interesse, eu gostei mais de Garotas de Vidro ;) 

[Retroprojetor #35] Sombras da Noite

21 de setembro de 2012






Dark Shadows - Sombras da Noite 
Direção: Tim Burton
Gênero: Comédia, Fantasia
Estreia: 22 de junho de 2012 (Brasil)
Duração: 113 minutos


Barnabás Collins é um vampiro recém-liberto após dois séculos preso em uma caixa. Ele retorna para sua antiga casa e encontra sua família cheia de problemas e precisando de ajuda.


Mesmo que o filme parecesse esquisito demais, quais as chances de eu não querer ver um filme do Tim Burton com Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Michelle Pfeiffer, Eva Green e Chlöe Grace Moretz? Mesmo meses depois, eu tinha que ver esse filme.

É engraçado. E melhor do que eu imaginava, com certeza. Não estou dizendo que é um filme digno de prêmios, apenas que é divertido. Depp, em seu papel de Barnabás, narra a história desde antes de se tornar um vampiro até... bom, até o fim da história. A família Collins é uma família rica e bem sucedida que sai da Inglaterra para abrir seu negócio na América. E Barnabás resolve ter um caso com uma das empregadas.

"I got the witch."

  - Barnabás sobre ferir o coração da única empregada que praticava bruxaria. 

Mas ele não a amava. Quando, enfim, Barnabás se apaixonou, Angelique não ficou nem um pouco contente e achou por bem amaldiçoar a família. O jovem, então, ficou sem sua amada e se transformou em um monstro assassino. Não satisfeita, Angelique ainda fez com que Barnabás fosse trancafiado em um caixão embaixo da terra e ele saiu de lá quase 200 anos depois.

O mais engraçado é a dificuldade que Barnabás tem de se adaptar às coisas modernas. Tipo o asfalto e as listras amarelas na estrada. Ou talvez só seja engraçado porque é o Johnny Depp e ele é genial. Ele se passa por um parente distante inglês para tentar justificar suas maneiras estranhas e antiquadas e seu jeito de falar muito elaborado.

Angelique continua viva, graças à sua bruxaria e surge uma nova versão do antigo amor de Barnabás. No presente, que na verdade é a década de 70, os negócios da família Collins vão de mal a pior por culpa da própria Angelique e a mansão está quase que abandonada. Barnabás chega para mudar essa história.  

Eu gostaria de uma palavra com o sentido próximo de ridículo, mas que não soasse como algo ruim para caracterizar o filme. É um pouco esquisito sim, mas eu gostei. Caso você ainda não tenha assistido Sombras de Noite, não custa nada tanto assim alugar o filme e, enfim, assisti-lo. Especialmente se você curte esse elenco e/ou o Tim Burton. Então, de certa forma, eu recomendo sim o filme. 

Beijos, 
Celle.    

Cinquenta tons de cinza - E.L. James

19 de setembro de 2012

Cinquenta tons de cinza #1
E.L. James
Editora Intrínseca 
455 páginas
2012

Em Cinquenta tons de cinza, Anastasia Steele é uma jovem prestes a se formar na faculdade. Uma jovem apreciadora de livros clássicos, estabanada, não muito sociável, mas com a língua afiada. Bom, para o contexto do livro, ser inicialmente virgem também é uma característica válida para descrever Anastasia. Porém parece mais que eu acabei de descrever a Bella de Crepúsculo

Quando eu fiquei sabendo da existência dessa trilogia e que ela seria traduzida para o português, eu li uma sinopse e fiquei com a impressão de que seria um Crepúsculo com muito sexo. Achei a ideia engraçada e fiquei com uma vontadezinha de ler. Então, quando a Intrínseca lançou o livro e teve - continua tendo - todo esse alvoroço, eu não vi as pessoas comparando com Crepúsculo, só falando do BDSM. Por fim, resolvi ler. 

Anastasia conhece Christian Grey porque sua amiga fica doente quando deveria entrevistá-lo e pede para a amiga fazer a entrevista em seu lugar. Então, lá vai Ana, correndo em cima da hora, sem saber nada sobre o homem, ler as perguntas do bloquinho e gravar suas respostas. Christian é um homem de muito sucesso - e eu não faço ideia do que ele realmente faça no trabalho -, rico, elegante e lindo. Também misterioso e com um passado obscuro. E ele logo se interessa por Ana porque acha, erroneamente, que ela daria uma ótima Submissa

O livro tem um ritmo até rápido, mas páginas demais para um livro que trata apenas da relação de um casal. Acho que umas 150 páginas a menos faria muito bem a ele. 

Christian é um cara engraçado, e que sabe ser fofo, mas muito, muito esquisito. E Ana tem dentro de si os antagonistas: inconsciente e deusa interior. Não consegui me acostumar com a deusa interior dando pulinhos de excitação. Achei isso estranho. Mas não vou dizer que não tenha gostado do livro. Só não estou muito curiosa para ler Cinquenta tons mais escuros, o segundo livro da série. 

O livro tem, de fato, muito sexo, mas também tem muito romance. Então, acho que não preciso necessariamente recomendá-lo ou não. Acho muito difícil dizer se Cinquenta tons de cinza é ou não um livro bom, acredito que dependa mais da pessoa que está lendo do que do livro em si. Apenas senti falta de algo além da relação, especialmente sexual, de Christian e Anastasia. Qualquer coisa que não fosse eles e seus diferentes estilos "na cama", mas não necessariamente por lá, viria a calhar. 

Beijos, beijos, 
Celle.


Novidades #33

18 de setembro de 2012

E a novidade da semana é uma baita novidade e vem da Galera Record.

Paula Pimenta


A editora convidou e elas toparam. Meg Cabot, Lauren Kate, Paula Pimenta e Patrícia Barboza estarão juntas em um só livro! Ele está programado para maio de 2013 e será formado pelas histórias das princesas da Disney recontadas. E cada uma já tem a sua princesa!


Meg Cabot


Meg Cabot - autora de O Diário da Princesa - escreverá A Bela e a Fera; 

Lauren Kate - Fallen - será a autora de A Bela Adormecida; 

Paula Pimenta - Fazendo meu Filme - de Cinderela;

Patrícia Barboza - As Mais - escreverá Rapunzel



E então, quem já está afim?


Beijos,beijos 
Celle.

Smile:) a vida de Lily Allen - Bella Wolfson

15 de setembro de 2012

smile:) a vida de Lily Allen 
Bella Wolfson
Editora BestSeller
238 páginas 
2012

Hoje teremos a resenha de um diferente estilo de livro. Não sei quantos de vocês podem gostar, mas a resenha é de uma biografia. Confesso que não é meu tipo de literatura preferida, na verdade, eu não gosto desse tipo de livro. Sou mais do tipo ficção. Porém, achei que ler sobre a vida da cantora inglesa e irreverente Lily Allen pudesse ser uma boa experiência. Bom, eu gosto muito das músicas dela. 

O livro conta como Lily teve uma infância conturbada, com o comportamento infantil e irresponsável de seus pais festeiros e apreciadores de cocaína. E depois do nascimento de Alfie - seu irmão mais novo, o Theon de Game of Thrones *-* - a separação deles. Ela, então, passou a ser uma criança complicada e fechada, constantemente expulsa das escolas em que era matriculada. Ela fazia umas coisas muito esquisitas para a sua idade, digamos. E a adolescência depressiva, com drogas e tentativa de suicídio. 

A história de Lily a leva até o sucesso, superando a imagem de seu pai, Keith Allen, que um dia fora mais famoso que ela. Mas não mais. De construindo sua fama a partir da internet, até sendo traída por ela e passando por viciada em twitter, Lily teve uma história engraçada com as redes sociais. O livro conta de diversos traumas e cismas pelos quais a cantora passou, como as comparações com outras cantoras inglesas e  sua relação com os paparazzi. Mas a de se convir que ela sempre teve muita presença e opinião, muita opinião. 

Não sei se gosto mais ou menos de Lily Allen agora, mas não acho que seja isso que importe. Eu gosto das músicas dela e estou feliz com isso. 

O livro é bem legal para quem gosta de biografias e quer saber mais sobre a Lily, com certeza há muito o que saber. Mas preciso citar as vezes em que o nome dela aparece escrito de maneira errada, o que é consideravelmente triste, levando-se em consideração que é uma biografia dela. Por fim, é um livro engraçado e está recomendado para quem curte. :)

Beijos, 
Celle. 

Rabiscando em Série #12

14 de setembro de 2012

Mais uma nova série para a lista, mais uma nova série para esperar ansiosamente pela segunda temporada. Tenho o que falar de American Horror Story agora para vocês!

Vi

Sobre a Série: American Horror Story estreou no dia 5 de outubro de 2011 com sua, assustadora, primeira temporada. A segunda está, e todos comemoram, chegando para nós no dia 17 de outubro de 2012. 
A primeira temporada de AHS conta a história da família Harmon, que se muda de Boston para uma mansão antiga e restaurada em  Los Angeles. Melhor dizendo, a primeira temporada de AHS conta a história de uma mansão antiga e restaurada em Los Angeles. Uma casa mal-assombrada, obviamente.

Quem faz: O elenco de AHS é bastante extenso, mas os personagens principais, com os nomes dos atores dentro dos parênteses, são Tate (Evan Peters), Constance (Jessica Lange), Vivien Harmon (Connie Britton), Ben Harmon (Dylan McDermott) e Violet Harmon (Taissa Farmiga) - a fofa do poster aqui em cima. O elenco, de modo geral, não é muito conhecido por trabalhos anteriores não. Porém, temos Denis O'Hare - o Russell Edgington de True Blood - como se eu já não o associasse a um personagem odioso antes, agora tenho dois. E Zachary Quinto - o Spock de Star Trek e Sylar de Heroes.  

Mas agora vamos falar de coisa boa. Vamos falar do Tate. 

Tate

Ele é o que eu chamaria de o destaque da série. Assustador sempre e muito fofo da metade para o final da temporada. Um adolescente psicopata. Extremamente carismático e perigoso. Sério, o Tate é, de longe, o personagem que dá mais medo na série e o Evan Peters me pareceu um excelente ator. Passei a temporada inteira dizendo para a Vi ficar longe dele, mas ficando chateada com ela sempre que eles brigavam. 

Desenvolvimento: Eu sempre tive uma pequena vontade de assistir AHS, mas não havia tido coragem até então. Não coragem do tipo estou-com-medo-da-série-de-terror mas do tipo vou-começar-a-assistir-outra-série. Então a coragem veio quando eu fiquei sabendo que o Adam Levine estaria no elenco da segunda temporada e eu estou em greve na faculdade, então... comecei a ver American Horror Story. 
Sim, fiquei com medo nos dois primeiros episódios. Não que eu não tenha tido medo nos outros dez, mas eu pensei em parar de ver sozinha e de noite e esperar até que alguém pudesse ver comigo. Mas aí, não, a curiosidade falou mais alto e acabei vendo toda a temporada. 
Acho que o início dá mais medo porque, como eu disse ali em cima, o personagem mais assustador é o Tate, só que ele consegue ser também muito fofo. Então, eu passei de correndo dele para correndo atrás dele, sabe como é. 


A cada episódio nós descobrimos a história de mais personagens que moravam na casa. E morreram por lá. E eles são muitos. Alguns bons, outros nem um pouquinho. E vamos descobrindo também a história da casa, do poder dela e porque acontece o que acontece por lá. Não que tudo seja, de fato, explicado, mas dá para entender um pouco melhor. O resto é sobrenatural. 

Enfim, por que assistir? A história é muito legal. As pessoas são muito loucas e os fantasmas mais ainda. Muitas coisas foram passando pela minha cabeça enquanto eu ia assistindo os episódios, tentando descobrir quem era o verdadeiro vilão, quem era bom, quem era mau. A conclusão é que ninguém é confiável nessa casa. AHS é uma série, no mínimo, não previsível. 
A segunda temporada mantém vários atores da primeira, mas a história é outra e os personagens também são outros. Ao fim da primeira temporada há um desfecho, mas é como se a história da casa e das pessoas por lá não houvesse acabado, a ideia é que ela dure para sempre. E eu queria mais deles. Só que agora nós teremos um hospício! Yei. Mais medo ainda, eu acredito. Evan Peters, por exemplo, volta como Kit, um paciente do asilo. 

Kit, o novo Tate
 Então, veja, eu digo. Não é uma série tão assustadora assim, apenas o suficiente para ser divertido ficar com medinho. 

Beijos,
Celle.

[Promoção] Caminhos de Sangue

13 de setembro de 2012

Eu não falei que haveria outra promoção ainda nessa semana?
Pois bem, acho que vocês sabem como é. Preencham os quadrinhos abaixo para concorrer a um livro Caminhos de Sangue, da autora Moira Young, publicado pela editora Intrínseca. O livro deu o que falar por sua escrita bastante peculiar e eu, particularmente, gostei muito dele.

Você pode ler a resenha clicando aqui.

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Dúvidas? @treslapis no twitter ou treslapis@hotmail.com.

Let the games begin. 

Starters - Lissa Price

12 de setembro de 2012

Starters #1 - Sobreviver é apenas o começo 
Lissa Price 
Editora Novo Conceito 
368 páginas
2012

Sempre achei a premissa de Starters muito interessante, mas acho que a moda distópica me fez esperar um pouquinho para lê-lo por estar com um certo receio. Mas devo dizer que Starters tem uma história própria e que Lissa Price possui um jeito muito leve e agradável de escrever. 

Callie é uma adolescente órfã que tem que se virar nas ruas com seu irmão menor Tyler e seu amigo Michael. Por causa da Guerra dos Esporos, todos com idade de 20 a 60 anos morreram. A crianças e os idosos foram os primeiros a receber a vacina por serem os mais vulneráveis e acabou que não deu tempo para os outros. Mas nós estamos falando do futuro, então, velhinhos e velhinhas conseguem viver por 100, 150 ou até 200 anos. Algumas crianças tem a sorte de terem avós e esses vivem bem. Já os que não tem família são abrigados a se esconder em prédios abandonados ou ir parar em abrigos assustadores e violentos por causa da lei que proíbe menores de idade de trabalhar. Esse é o mundo de Starters, um mundo velho (o que me lembrou O Pacto). 

O livro é narrado pela Callie e ela é uma personagem bem interessante, com um estilo bastante normal. Claro que várias coisas acontecem logo a ela, mas eu fiquei com uma imagem de que ela era uma menina comum antes de tudo acontecer, o que me deixou muito satisfeita. Callie precisa sobreviver e sustentar seu irmão, que é uma pequena criança doente que só serve para a Callie ficar dizendo "meu irmão precisa de mim!". E as coisas não estão lá muito fáceis. Mas ela não quer assinar o contrato com a Prime Destinations. Contrato que diz que Callie terá que alugar seu corpo 3 vezes para velhinhos ricos que querem pagar para ter um corpo jovem por algum período de tempo, em troca de uma boa soma de dinheiro. Mas ela acaba não vendo outra solução. 

Nossa querida Callie, então, aluga seu corpo, mas há um problema em seu neurochip e eis que ela acorda no meio do contrato - o que não deveria acontecer. A partir daí Callie e sua hospedeira ficam alternando o controle do corpo, cada uma tentando seguir um plano diferente. E aparece o Blake! Que eu achei muito mais legal que o Michael, mas aí o livro enlouquece no final (que pode acabar sendo uma coisa boa, mas não sei) e eu não sei mais de nada. Blake é um adolescente de verdade, mas rico. E já que eu citei o final, o livro é cheio de ação e coisas loucas acontecendo o tempo todo, o que deixa tudo muito agitado e bom de se ler, mas o final... Você está lá, achando que está tudo "bem", e então (!) fui pega de surpresa mesmo. 

Algo impediu o livro de virar favorito, mas não sei bem o quê. De qualquer forma, fiquei bastante ansiosa para a continuação, Enders, e a série está super recomendada! 

Beijos, 
Celle. 


[Resultado] A Culpa é da Promoção

10 de setembro de 2012


Acabou-se o que era doce e quem comeu que lambuzou-se.
Muito bom esse pequeno poema.

Muito obrigada a todos que participaram e boa sorte a todos na próxima, ainda essa semana haverá uma nova promoção :D

Vamos ao resultado!

a Rafflecopter giveaway

Parabéns, Carolina! Você ganhou um livro A Culpa é das Estrelas, que é um dos melhores livros que eu já li na vida, então parabéns mesmo :D

Eu vou te mandar um e-mail agora mesmo e você tem até 48 horas para responder, ok? O envio do livro será feito pela editora Intrínseca.

Beijos,
Celle.

Cuco - Julia Crouch

8 de setembro de 2012

Cuco
Cuco
Julia Crouch
Editora Novo Conceito
464 páginas

Quando sua melhor amiga, Polly, liga para avisar que seu amigo faleceu, Rose resolve logo convidá-la para morar com ela. Seu marido não gosta da ideia de Polly e seus dois filhos irem morar na casa com os dois e suas filhas, mas Polly é a melhor amiga de Rose e ela tem que ajudá-la. No entanto, com o passar do tempo, Rose nota que Polly tem atitudes estranhas e, pouco a pouco, ela começa a perder o controle de sua casa e de sua própria vida. 

Assim que li a sinopse de Cuco, eu quis começar a ler na mesma hora. A sinopse do livro é bem misteriosa, não entrega muito sobre a relação de Polly e Rose. Só sabemos que há algum estranhamento entre elas. Quando eu li a sinopse, imaginei que ia amar ou odiar esse livro. Se Polly fosse uma pessoa realmente má, seria ótimo! Agora, se Polly não fosse assim tão má e Rose fosse muito paranóica, eu achava que o livro não iria funcionar nem um pouco para mim. No final, aconteceu o que eu menos imaginava.

O começo do livro foi um pouco lento, mas necessário para entendermos mais sobre o passado das duas melhores amigas. Logo de cara dá para notar que elas já passaram por alguns problemas no passado. Polly é uma pessoa muito peculiar e pode ser difícil conviver com ela, mas Rose conseguia pois era bem compreensiva. Esse começo pode ser bem devagar e, para quem está lendo cheio de expectativas para ver as maldades de Polly, desanimador. Mas, como eu disse, é fundamental para conhecermos bem a personalidade das duas e mergulharmos de vez na história. 

Depois de ler um pouco mais de cem páginas, aí sim me envolvi com o livro. O suspense começou a aumentar, várias situações realmente estranhas aconteceram e eu não conseguia largar. Como o livro é contado apenas pelo ponto de vista de Rose, não sabemos a verdade sobre nada do que acontece e ficamos apenas imaginando, assim como ela. É incrível como isso pode mexer com a nossa cabeça, assim como fazia com Rose.  

No entanto, eu não gostei muito do final. E, quando paro para pensar no porquê, é exatamente por uma das coisas que eu mais apreciei durante a leitura. O fato de não sabermos a visão de Polly, das crianças ou do marido de Rose sobre a real situação. Embora os pontos tenham até se ligado bem, eu fiquei com uma sensação de vazio. Eu gostaria muito de entender o que havia por trás de tudo, a começar por cada olhar estranho de Polly. Infelizmente, isso não acontece. Eu sei que o objetivo do livro é exatamente esse, mas eu gosto de histórias perfeitamente amarradas. E, por isso, o livro não funcionou para mim completamente. 

Então, minha sugestão para você que já estava de olho em Cuco é ler logo. É um livro que com certeza vai plantar muitas dúvidas na sua cabeça e te fazer duvidar de todos os personagens. Além disso, vai te marcar. Tanto que eu estou aqui reclamando por ainda não ter desvendado cada pedacinho dele. Se a autora resolvesse escrever um livro na visão de Polly, eu leria com certeza. Como não sei se isso vai acontecer, considero Cuco um livro bom e só. Ainda sinto que falta alguma coisa.

 Quando eu li, lembrei logo do filme A Órfã, não sei se alguém já viu. É sobre uma família que adota uma criança e coisas terríveis começam a acontecer com eles. Mas ninguém acredita que a menina e os acidentes tem alguma relação. O filme e o livro seguem rumos completamente diferentes, mas mesmo assim eu afirmo que gosto mais do filme. Então, para quem curte a temática, assista o filme e me diga se gostou.

beijos,
Julia.

A Escolha, Nicholas Sparks.

6 de setembro de 2012

 A Escolha:  Até Onde Devemos Ir em Nome do Amor? 
"The Choice"
Nicholas Sparks
Novo Conceito
307 páginas 
Travis Parker possui tudo o que um homem poderia ter: a profissão que desejava, amigos leais, e uma linda casa beira-mar na pequena cidade de Beaufort, Carolina do Norte. Com uma vida boa, seus relacionamentos amorosos são apenas passageiros e para ele, isso é o suficiente. Até o dia em que sua nova vizinha, Gabby, aparece na porta. Apesar de suas tentativas de ser gentil, a ruiva atraente parece ter raiva dele. Ainda sim, Travis não consegue evitar se engraçar com Gabby e seus esforços persistentes o levam a uma jornada que ninguém poderia prever. Abrangendo os anos agitados do primeiro amor, casamento e família, A Escolha nos faz confrontar a questão mais cruel de todas: Até onde você iria manter o amor de sua vida? (sinopse do Skoob).
  Nicholas Sparks, pra mim, é uma eterna montanha russa, cheia de sobes e desces. E com A Escolha eu, definitivamente, dei um daqueles mergulhos vertiginosos que vão pra baixo pra sempre. Pois é.

  Travis é um solteirão-boa-praça que curte a vida que leva ao lados dos amigos, sem sentir a necessidade de nada em especial (nada que ele não tenha, pelo menos). Gabby, ao contrário, é uma mulher que não está de todo satisfeita, e sabe que precisa de mais, mas não sabe como arrumar. Seus caminhos se cruzam quando Gabby descobre sua cadela gravidíssima e tem certeza de que a culpa é do cachorro do seu vizinho bonitão. Ela, então, vai até a casa dele e, numa cena digna de chick-lit, tem um rompante de loucura e dá-lhe a reclamar (do vizinho e da vida) nos ouvidos do pobre moço. Ele, no entanto, não é nada além de gentil, e se dispõe a dar uma olhada no animal da vizinha. Gabby descobre então que Travis é veterinário, que é um amor, e que está dando em cima dela de maneira clara. Mas a moça tem um namorado e é ~feliz~ com ele. Como poderia ela então estar sendo tocada pelas atenções do vizinho?

  O livro, na verdade, se passa em dois momentos: o começo do relacionamento de Gabby e Travis, que se inicia, como eu disse ali em cima, por causa dos seus respectivos cachorros fofos, e Travis, separado da esposa, amando-a muito e desbaratinado por causa de.... bem, se eu contar não tem graça. Mas é Nicholas Sparks, correto, então o mínimo que se pode esperar é algo trágico. O "grande" porquê do livro seria, na verdade, esse segundo momento, e o primeiro seria que meio só pra mostrar como eles se amavam e se respeitavam e eram felizes.

  Sinceramente? Não achei nada demais. Como em todos os outros livros do Sparks que eu já li, o amor surge do nada, uma paixão avassaladora que consome até os ossos dos ditos cujos em coisa de dois dias (ah, tá). Como já disse em alguma outra resenha, não vejo graça nesse tipo de amor forçado, principalmente num livro de romance que não é voltado exatamente para o público adolescente, no qual os hormônios ainda servem de desculpa. E embora nesse livro os personagens até tenham considerado sua vida de antes e o que seria deles depois por coisa de uma tarde, de maneira geral, ele já se amavam profundamente, do tipo largo minha vida por você, em coisa de uma semana. Ai que nervosinho!

  Bem, eu não recomendo o livro não. Não gostei. É parado, sem personagens marcantes, sem grandes frases, idéias ou uma história empolgante. Vai de lugar algum pra nenhum lugar e até mesmo a ideia principal do "até que ponto você pode ir por amor?" tem um desfecho previsível. O suspense criado pra situação principal do livro, que devia ser arrebatador e apertar seu coração, não vai além de uma leve curiosidade, pelo menos de minha parte. Mas, é claro, o Nicholas Sparks tem um monte de fãs que gostam muito do que ele escreve, do jeito de que ele escreve, dos seus amores repentinos e do seu drama característico. Desse, especificamente, não gostei. Acho que foi por que, nos outros que eu li, mesmo que o romance fosse meia-boca, existia alguma outra historia que levava o livro bem até o final. Como nesse tudo gira em torno do amor dos dois, do romance deles, da história deles, o livro não convenceu.

   Enfim, foi isso. Agora estou a procura de um romance que seja só romance que seja bom de verdade (se souber de algum, pode indicar!). Mas eu já sei que no Nick Sparks não vou encontrar. Mas, vai saber, de repente no próximo a montanha russa sobe de novo.

 Beijos, beijos,
 Thai!



Novidades #32

4 de setembro de 2012

Saíram as datas dos lançamentos da Intrínseca no mês de setembro!

Na primeira metade do mês, 10/09, o tão esperado Feita de Fumaça e Osso está chegando. A série é muito falada lá fora, estou consideravelmente ansiosa por saber o que o pessoal vai achar dela aqui pelo Brasil. Eu gosto muito dessa capa.

E, em 15/09, Cinquenta tons mais escuros, de E L James, a continuação de Cinquenta tons de cinza. Que. Coisa. Mais. Rápida. Isso é que é aproveitar o sucesso, ainda não li o primeiro livro da série, então tenho que esperar um pouco. 

Feita de Fumaça e Osso: No primeiro volume da série homônima, a autora Laini Taylor cria um universo fantástico, onde batalhas épicas e um amor proibido se unem pela esperança de um mundo refeito. A protagonista é Karou, uma jovem de cabelo azul que enche seus cadernos de desenhos de monstros e fala muitas línguas — nem todas humanas. Quem é ela? A pergunta persegue Karou, e o caminho até a resposta começa no olhar abrasador de um completo estranho.






Cinquenta tons mais escuros: Assustada com os segredos do belo e atormentado Christian Grey, Ana Steele põe um ponto final em seu relacionamento com o jovem empresário e concentra-se em sua nova carreira. Mas o desejo por Grey domina cada pensamento de Ana e, quando ele propõe um novo acordo, ela não consegue resistir.






Na segunda metade do mês, teremos 18/09 -  As crônicas dos Kane: Guia de sobrevivência, de Rick Riordan, e Selvagens, de Don Winslow, 20/09 - Floresta dos Corvos, de Andrew Peters, 25/09 –  Argo, de Antonio Mendez e Matt Baglio e 28/09 -  O mundo de Downton Abbey, de Jessica Fellowes.





Selvagens: Eleito um dos 10 melhores livros de 2010 pelo The New York TimesEntertainment WeeklyThe Los Angeles Times e Chicago Sun-TimesSelvagens narra a aventura de dois produtores de maconha da Califórnia que precisam salvar a namorada deles, sequestrada por um cartel de drogas mexicano.

 As crônicas dos Kane: Guia de sobrevivência, de Rick Riordan: Colorido, com fotos e imagens, o livro traz informações extras sobre os personagens, os deuses, as criaturas mitológicas e todos os lugares do mundo mencionados por Rick Riordan nas aventuras de Carter e Sadie. Com esse guia em mãos, fãs da série As crônicas dos Kane também vão aprender a decifrar mensagens secretas, ler corretamente os hieróglifos e recitar encantamentos ancestrais — ferramentas fundamentais para qualquer mago moderno.





O mundo de Downton Abbey: Guia das duas primeiras temporadas da série de TV que conta a história da aristocrática família Crawley e seus criados, em uma suntuosa residência campestre da Inglaterra. Além de encantar os fãs com fotos exclusivas de bastidores, depoimentos dos atores e da equipe técnica, o livro oferece um retrato do período de grandes mudanças que foi o início do século XX.





Floresta dos Corvos: a primeira aventura da série de Andrew Peters, Ark vive no alto das últimas árvores que restam no mundo, no país suspenso de Arborium. Mas a magnífica floresta torna-se alvo de uma poderosa trama cujo objetivo é dilapidar seus recursos naturais, e ele é o único que pode impedir. Flagrado pelos malfeitores, Ark parte em uma corrida desesperada até a temida Floresta dos Corvos, onde talvez esteja sua única chance de salvar seu lar, seu povo e, é claro, a própria vida.
Beijos, 
Celle.


Wherever Nina Lies - Lynn Weingarten

1 de setembro de 2012

Wherever Nina Lies
Lynn Weingarten
310 páginas
Scholastic US 

A irmã mais velha de Ellie, Nina, desapareceu há dois anos. Ela era linda, meio doida, que amava desenhar e era muito ligada a sua irmã. Por algum motivo, Ellie ainda acredita que pode encontrar Nina. Até que ela encontra um misterioso desenho da sua irmã que só pode ser... uma pista! Nesse momento, Ellie decide juntar todas as informações possíveis e parte em uma road trip, junto com Sean, um cara que ela está a fim, em busca de sua irmã. 

"Along the way,Ellie finds a few things she wasn't planning on. Like love. Lies. And the most shocking thing of all: the truth."
No caminho, Ellie encontrará várias coisas que ela não estava esperando. Como amor. Mentiras. E a mais chocante de todas: a verdade. 

Essa parte em itálico é o final da sinopse oficial do livro e uma tradução livre que eu fiz. E o motivo dela estar aí é que foi essa frase que me fez querer tanto ler esse livro. É inevitável. Sempre que um livro promete um desfecho inesperado, eu sinto que preciso dele, mesmo que seja só para matar a curiosidade.

Assim como todos os comentários atrás do livro prometiam, esse livro me prendeu. Não só porque eu queria muito saber essa verdade chocante, mas porque a autora soube conduzir muito bem a história. A história é narrada por Ellie, que conta um pouco sobre quando sua irmã sumiu, histórias das duas juntas no passado e como está a vida dela atualmente. Eu me sensibilizei logo com a história, o desaparecimento de Nina e a falta que ela fazia a Ellie. Quando Ellie e Sean finalmente saem juntos para viajar, aí que eu não conseguia mais largar o livro. Eles vão para vários lugares juntos, a dinâmica dos dois é ótima, novas pistas vão surgindo e eu fui ficando cada vez mais envolvida com a história. Não dava para largar. 

E, quanto ao final, ele é realmente ótimo e me deixou muito surpresa. Não sei avaliar se é impossível descobrir ou não. Mas acho que, mesmo que você imagine, vai achar uma ótima sacada da autora, um jeito incrível de terminar tudo. A partir de certo ponto, pequenas revelações são feitas, você desconfia de tudo e então temos aquele final de tirar o fôlego. Gostei muito da história por trás do sumiço de Nina. Além de ser ótimo, a autora soube amarrar muito bem vários acontecimentos do livro. Então quando você termina, descobre várias coisas que estão interligadas, que eram pistas e você nem imaginava. 

E, para não dizer que o livro é perfeito, temos aqueles pequenos detalhes que me incomodam um pouco, mas não sei se incomodará vocês. O primeiro é aquele normal "Por que a mãe de Ellie não se importa dela ter ido viajar com esse menino Sean que ela não conhece?" Eu me incomodo muito com esses pais de livro jovem que não ligam que seus filhos adolescentes saiam pelo mundo e só dão as caras na última página, preocupados. Afinal, ela já tinha uma filha desaparecida, não se importa se a outra sumir também? Tira um pouco da veracidade do livro. Mas a autora resolve isso falando que ela trabalha muito e é ausente. O que me leva ao segundo problema, que é a impressão de que ninguém havia realmente procurado a Nina. Dá a impressão de que ela some, as pessoas procuram um pouco e depois seguem suas vidas. 

E por fim, algo que não tem a ver com a história, mas com a Ellie. Não havia nada nela que me incomodasse, mas acho que porque eu senti que não a conheci muito bem. Ela fala muito sobre Sean, Nina, sua amiga Amanda, mas achei a caracterização da Ellie fraca. Acho que tudo que eu sabia sobre a Ellie era como ela sentia falta da irmã, como ela queria encontrá-la.

O livro é um bom divertimento e acho que vale a pena ler. Para quem se interessar, não achei o nível de inglês difícil e é uma leitura rápida. Se você começar, não vai parar de ler até saber o que realmente aconteceu com Nina, acreditem.

beijos,
Julia.
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