Perdida - Carina Rissi

28 de dezembro de 2013


Perdida
Carina Rissi
Editora Verus
364 páginas
2013
 

Sofia vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda do prestativo Ian, Sofia embarca numa procura às cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam leva-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...

Após ter gostado muito de Procura-se um marido e a Verus lançar a nova edição do outro livro da Carina Rissi, não resisti e comprei rapidinho. Logo entendi porque esse livro é tão queridinho por aí. A história é incrível, os personagens são apaixonantes e o livro é muito engraçado! Eu realmente amei tudo nele (especialmente o fato da autora estar lançando a continuação! YAY!). 

Para começar, o que eu mais gostei no livro - e também o que rende as cenas mais engraçadas - é o choque da Sofia ao chegar em 1810. Foi bem curioso, porque embora seja bem óbvio que haviam muitas diferenças, há alguns detalhes que nós acabamos não lembrando de primeira, como os livros que já existiam ou algumas expressões. A impressão que eu tinha é que quando eu achava que não teria mais nenhuma surpresa e a Sofia já estava mais adaptada, eu descobria mais uma grande diferença entre as duas épocas. E, claro, as reações da personagem ao descobrir os costumes da época são as mais hilárias. 

Só que, além da Carina ter criado esse enredo super diferente, ela criou uns personagens maravilhosos também. Eu amei a Sofia desde o começo. Outro personagens que amei no segundo que apareceu foi o Ian... um verdadeiro cavalheiro que tentava muito entender o que a Sofia dizia e porque ela estava com as pernas de fora! Vê se pode. A irmã do Ian também era muito fofa, dava vontade de entrar no livro para cuidar dela. Esses três merecem destaque, mas acho que eu gostei até de quem não era pra gostar.

Perdida foi uma leitura leve e engraçada no melhor estilo conto de fadas moderno (talvez não tão moderno assim haha). Entrou para os meus chick-lits favoritos e acho que vocês todos devem correr para ler. Só posso fechar esse post de uma maneira depois de tanta babação:

CARINA, SOU SUA FÃ! (E que Perdida 2 venha logo!)


[Especial #5] Livros de Natal

22 de dezembro de 2013

Ho ho ho, gente bonita!

Procurando uma leitura para combinar com o espírito natalino que desce sobre nós (ou sobre qualquer pessoa que não chegue morta de cansada no fim do ano e que goste de ouvir músicas natalinas em qualquer loja que entre)?

Resolvi fazer uma lista de livros que tenham o Natal como tema!

Anjos à Mesa: começando com o livro recentemente resenhado pela Julia - é só clicar no título.

Shirley, Goodness e Mercy sabem que o trabalho de um anjo é interminável — especialmente na véspera do Ano-novo. Ao lado de seu novo aprendiz, o anjo Will, elas se preparam para entrar em ação na festa de fim de ano da Times Square. Quando Will identifica dois solitários no meio da multidão, ele decide que a meia-noite será o momento perfeito para dar aquele empurrãozinho divino de que eles precisam para acabar com a solidão. Então, por “acidente”, Lucie Ferrara e Aren Fairchild esbarram-se no meio da alegria da festa, mas, assim como se aproximam, acabam se perdendo: um encontro marcado que não acontece os afasta pelo resto da vida. Ou será que não? Um ano depois, Lucie é a chef de um novo e aclamado restaurante, e Aren é um colunista de sucesso em um grande jornal de Nova York. Durante todo o ano que passou, os dois não se esqueceram daquela noite. Shirley, Goodness, Mercy e Will também não se esqueceram do casal... Para uni-los novamente, os anjos vão usar uma receita antiga e certeira: amor verdadeiro mais uma segunda chance (e uma boa dose de confusão), para criar um inesquecível milagre de Natal.


Deixe a neve cair: seguindo a lista com um livro de contos, contando com um time de autores mais que queridos.  

Na noite de natal, uma inesperada tempestade de neve transforma uma pequena cidade num inusitado refúgio para insuspeitos encontros românticos. Em Deixe a neve cair, bem-sucedida parceria entre três autores de grande sucesso entre os jovens, John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle escrevem três hilários e encantadores contos de amor, com direito a surpreendentes armadilhas do destino e beijos de tirar o fôlego. Comédia romântica com a assinatura de um dos maiores bestsellers da atualidade, o livro é o presente de Natal perfeito para os fãs de John Green e de histórias de amor e aventura.





O Presente: esse eu acabei de começar. Ia ler outro primeiro, mas optei por chegar no Natal lendo algo no espírito. 



Todos os dias, Lou Suffern luta contra o tempo. Ele tem sempre dois lugares para ir, tem sempre duas coisas a fazer. Quando dorme, sonha com os planos do dia seguinte, e, quando está em casa, com a esposa e os filhos, sua mente está, invariavelmente, em outro lugar. Numa manhã de inverno, Lou encontra Gabe, um morador de rua, sentado no chão, sob o frio e a neve, do lado de fora do imenso edifício onde Suffern trabalha. Os dois começam a conversar, e Lou fica muito intrigado com as informações que recebe de Gabe; informações de alguém que tem observado uniões improváveis entre os colegas de trabalho de Lou, como os encontros da moça de sapatos Loubotin com o rapaz de sapatos pretos... Ansioso por saber de tudo e por manter o controle sobre tudo, Lou entende que seria bom ter Gabe por perto — para ajudá-lo a desmascarar associações que se formam fora de suas vistas — e lhe oferece um emprego. Mas logo o executivo arrepende-se de ajudar Gabe: sua presença o perturba. O ex-mendigo parece estar em dois lugares ao mesmo tempo, e, além disso, Gabe lhe fala umas coisas muito incomuns, como se soubesse do que não deveria saber... Quando começa a entender quem é realmente Gabe, e o que ele faz em sua vida, o executivo percebe que passará pela mais dura das provações. Esta história é sobre uma pessoa que descobre quem é. Sobre uma pessoa cujo interior é revelado a todos que a estimam. E todos são revelados a ela. No momento certo.

O Natal de Poirot: Agatha Christie chegando para quebrar um pouquinho o clime e trazer um clássico suspense. 

Véspera de Natal. A reunião da família Lee é arruinada pelo barulho ensurdecedor de móveis sendo destroçados, seguido de um grito agudo e sofrido. No andar de cima, o tirânico Simeon Lee está morto, numa poça de sangue, com a garganta degolada. Mas quando Hercule Poirot, que está no vilarejo para passar o Natal com um amigo, se oferece para ajudar, depara-se com uma atmosfera não de luto, mas de suspeitas mútuas. Parece que todos tinham suas próprias razões para detestar o velho...








A Aventura do Pudim de Natal: Mais um...

Primeiro, foi o aviso sinistro para que Poirot não comesse pudim de passas... Depois, a descoberta de uma cadáver dentro de uma baú... Em seguida, uma briga, ouvida por acaso, que levou a um assassinato... Também o estranho caso do homem que alterou seus hábitos alimentares e morreu... E o mistério da vítima que sonhou com o próprio suicídio. Qual a ligação entre esses seis casos espantosos?










Um Conto de Natal: E por falar em clássicos, por que não Charles Dickens com seu livro mais famoso de 1843 até hoje?

"Um Conto de Natal" do britânico Charles Dickens (1812-1870) é uma das histórias mais famosas da literatura ocidental. O enredo nos traz a figura de Ebenezer Scrooge, um avarento homem de negócios londrino, rabugento e solitário, que não demonstra um pingo de bons sentimentos e compaixão para com os outros. Scrooge não deixa que ninguém se aproxime e rompa a sua dura carapaça, preocupando-se apenas com os negócios, o dinheiro e os lucros. No anoitecer frio da véspera natalina, ele é visitado pelo fantasma de Jacob Marley (seu antigo sócio comercial, morto há sete anos) que o repreende e anuncia que Scrooge se prepare, pois será visitado por três espectros do seu próprio passado, presente e futuro... A história da redenção do velho Scrooge vêm comovendo adultos e crianças de todas as épocas. 
A história foi escrita entre outubro e novembro de 1843, para ser publicada em capítulos de jornal, com ilustrações de John Leech, em dezembro do mesmo ano. O enredo é familiar a todos: foi filmado várias vezes e televisionado; adaptado para o teatro e para crianças. Transformado em desenho animado e HQs. A figura e o personagem de Scrooge teve vários descendentes literários, um dos mais célebres é o Tio Patinhas de Walt Disney: "Uncle Scrooge McDuck" em inglês.


Cartas do Pai Natal: Também tem Natal para os fãs de Tolkien.



Em cada Dezembro, os filhos de J. R. R. Tolkien recebiam um envelope com um selo do Pólo Norte. Lá dentro, estava uma carta numa estranha letra aracnóide e um desenho belamente colorido.
As cartas eram do Pai Natal.
Elas contavam maravilhosas histórias da vida no Pólo Norte: desde a forma como o Pai Natal preparava os brinquedos às travessuras com que o seu Urso Polar o atrasava, desde os amigos que frequentavam a sua casa (Bonecos de Neve, Elfos, Ursos das Cavernas e um Homem da Lua) até às batalhas com os maléficos duendes que ameaçavam a saída do mais famoso trenó.
Por vezes também o Urso Polar rabiscava alguma nota, ou então era o Elfo Ilbereth que escrevia na sua elegante letra floreada, acrescentando ainda mais vida e humor às histórias.
Este volume reúne as cartas e os desenhos com que a imaginação de Tolkien fecundou a dos filhos. Nenhum leitor, criança ou adulto, deixará de ficar encantado com a inventividade e a «autenticidade» destas Cartas do Pai Natal.



Natal Mortal: assim como para os fãs de Nora Roberts. 

Neste sétimo romance futurista da Série Mortal, de J.D. Robb (Nora Roberts), a policial Eve Dallas, fiel devota da lei e da justiça, depara-se com mais um misterioso caso para solucionar. Natal Mortal nos oferece uma instigante e curiosa história de homicídio ambientada em uma Nova York do ano de 2058. Em meio às festividades de Natal, um criminoso está à solta, fantasiado de Papai Noel. Será que o presente recebido pela primeira vítima do bom velhinho e a referência à canção "Os Doze Natais" significam que foi apenas o primeiro de muitos assassinatos? Ou teria sido um crime passional? Cabe à tenente Eve Dallas procurar as respostas e desvendar o mistério. Para isso, deverá evitar o envolvimento emocional, ignorar as fraquezas e superar os próprios traumas.

Depois desse post, descobri que existem muuitos livros de Natal, é só procurar!
Vocês tem alguma dica? Estão lendo algo temático?



Anjos à mesa - Debbie Macomber

19 de dezembro de 2013

Anjos À Mesa
Anjos à Mesa
Debbie Macomber 
Editora Novo Conceito
224 páginas
2013



Shirley, Goodness e Mercy trazem seu anjo aprendiz Will para Nova York na véspera do fim de ano. Nesse dia, eles acabam esbarrando na vida de Lucie e Aren, solitários mesmo no meio da multidão. Os dois se conhecem e, por causa de um problema no destino, não dão certo. Um ano depois, próximo ao Natal, a vida dos dois está muito diferente, mas ainda lembram um do outro. E os quatro anjos resolvem voltar a ação para uni-los. 

Esse livro foi uma grande decepção para mim. Vamos lá. Nova York, Natal e um romance fofo envolvendo anjos. Parecia tudo tão perfeitinho. Infelizmente, esses estão entre os poucos elementos que eu realmente gostei no livro. O grande problema dele e que eu não consegui superar de jeito nenhum é que eu o achei previsível demais! Todos os problemas que aconteceriam eu já havia imaginado algumas páginas antes quais seriam e como se resolveriam. Não tinha nenhuma surpresa... Outro ponto ruim foi que eu achei os diálogos e os relacionamentos muito superficiais. Eu até gostei de Lucie e Aren, mas eles se apaixonam bem rápido e os momentos deles não me emocionavam muito.

O engraçado é que eu não consigo falar que eu desgostei completamente do livro porque temos alguns pontos que me agradaram. Como eu disse, Lucie e Aren são personagens bem agradáveis e temos os quatro anjos que, embora sejam muito atrapalhados, são divertidos. A ambientação do livro é legal e combina com a época do ano.

Enfim, Anjos à mesa foi uma leitura que eu realmente não curti muito. Não foi arrastada, mas não me deixou empolgada querendo continuar. Me decepcionei bem, porque realmente tinha criado muitas expectativas desse livro ser fofinho e legal, mas não gostei do resultado final. Talvez se você fizer uma leitura mais despretensiosa, o aproveite melhor.

Beijos, beijos

Na Ilha - Tracey Garvis Graves

16 de dezembro de 2013

Na Ilha
Na Ilha 
Tracey Garvis Graves
Editora Intrínseca
228 páginas
2013 


Anna não está muito feliz em sua vida amorosa e acaba aceitando um emprego no verão para dar um tempo. Ela será tutora de T.J., um menino de 17 anos que acabou de termicar seu tratamento contra o câncer. Quando os dois estão a bordo do avião, sobrevoando as ilhas das Maldivas, o piloto passa mal e eles sofrem um acidente. Anna e TJ conseguem se salvar e se abrigar em uma ilha. Ambos lutam muito para sobreviver, mas não esperavaem que fossem passar tanto tempo lá... 

Logo nas primeiras páginas, eu já fui fisgada pela história de Anna e TJ. É meio batida sim, mas a escrita da autora flui muito bem, eu estava curiosa para saber como eles conseguiriam sobreviver naquelas condições. Além disso, antes mesmo do acidente eu já havia simpatizado bastante com Anna e TJ. Ela me parecia bem pé no chão, tentando resolver sua vida, então eu fiquei ainda mais curiosa para ver como ela se comportaria presa daquela maneira. Demora um pouco para que o inevitável aconteça e eles se interessem um pelo outro. Eu gostei muito dos dois, eu já sabia que isso iria acontecer e, dadas as circunstâncias, é um casal muito fácil de gostar e torcer. Achei tudo muito bonito e fofo no romance deles. O TJ começa a mostrar que é homem e não só um garoto e a questão da diferença de idade é levemente explorada. No fundo, não vem muito ao caso quando eles estão sozinhos.

Mas então entra o que eu não gostei do livro. Era tudo tão fácil. Na questão da sobrevivência foi assim.
Eles estavam sozinhos, machucados, num lugar desconhecido, com fome.  Além dos problemas relativos a ter sofrido um acidente de avião e estarem isolados, a autora ainda insere um milhão de problemas na vida dos dois. Terrível, não? Mais ou menos, porque tudo se resolve em poucos capítulos.  Basicamente Anna e TJ passam por coisas inimagináveis, mas elas duravam poucas páginas, então não me afligiam. Eu passei o livro inteiro com essa sensação de “nada de grave vai acontecer, então nem vou me preocupar”.  A questão do romance deles segue essa mesma ideia. Talvez as coisas não sejam exatamente fáceis, mas é tudo muito seguro.

Em resumo, Na Ilha foi uma leitura que eu gostei porque tem um clima legal, é um romance gostoso e otimista. Ao mesmo tempo, como vocês devem ter notado, eu fiquei com a sensação de que poderia ter aproveitado muito mais se a autora tivesse destroçado meu coração! Eu queria sentir fome, me sentir sozinha e torcer por um romance proibido. Não foi o caminho que a autora resolveu tomar, mas talvez tenha sido um problema das minhas expectativas mesmo. Mesmo assim, para quem gosta de romance, Na Ilha é uma boa leitura.

O Príncipe da Névoa - Carlos Ruiz Zafón

14 de dezembro de 2013


O Príncipe da Névoa
Carlos Ruiz Zafón
Editora Suma de Letras
184 páginas
2013

Alguns já sabem que eu sou fã de um senhor chamado Carlos Ruiz Zafón, para quem ainda não sabia, fica aí a informação e a dica.
Como escrito logo na primeira frase da orelha, O Príncipe da Névoa foi o primeiro livro lançado pelo autor. Quem já leu outros livros dele deve sentir falta de uma carregada dose de metáforas e talvez de uma tristeza e mistérios mais profundos. Levando-se também em consideração que a Trilogia da Névoa é uma série "infanto-juvenil" - mas eu só recomendaria a leitura a partir de uns 15 anos, acho que os personagens do Zafón são muito maduros para a idade deles, como o Max que tem 13 anos mas parece mais ter uns 16. - Então, seria mais correto poder comparar este livro com Marina - o outro "infanto-juvenil" que eu já li do autor. Mesmo sem toda a experiência que ele foi adquirindo ao longo dos anos, Zafón escreve como ninguém desde o início da carreira e O Príncipe da Névoa é, para mim, muito bom e cheio de sentimentos, porém apenas mais fácil.

Os outros livros do autor sempre me deixam com a dúvida de se a resposta para tudo está no sobrenatural - eu sempre acho que não. É muito fácil culpar o sobrenatural, né? Mas no caso desse livro não há muito para onde fugir.

Max se muda com sua família para o litoral, a fim de evitar os terrenos da Guerra, em 1943. A nova casa, na praia, estava vazia há alguns anos após abrigar a tragédia de uma outra família. Logo depois de alojados, Max conhece seu novo amigo Roland, que adora mergulhar e chegar até um navio naufragado há muitos anos no fundo do mar perto do farol onde seu avô passa a maior parte de suas horas. Então coisas muito estranhas começam a se desenrolar: atrás de sua nova casa, Max descobre um jardim cheio de estátuas e símbolos misteriosos, sua irmã mais velha, Alicia, tem sonhos perturbadores e a mais nova, Irina, ouve vozes - cena que me deixou bem apavorada, inclusive. E outros casos vão acontecendo, todos em volta da história dos antigos donos da casa.

Como já falei, esse é o primeiro livro de uma trilogia, mas não sei como a história pode continuar porque achei o fim do livro bom o suficiente. Talvez ele fique dando voltas no tempo como na série do Cemitérios dos Livros Perdidos.

Por fim, é claro que eu recomendo o livro pois ele é realmente muito bom. Mas não tirou o lugar dos outros queridinhos do Zafón, ficou mais atrás na fila.


[Resultado de Pomoção] Cidades de Papel

10 de dezembro de 2013

FINALMENTE!
Demorou, porém saiu.
Cá temos nós nossa vencedora da promoção:

a Rafflecopter giveaway

Parabéns, Manu! Já mandei um e-mail para você. Por favor, responda até sábado (14/12).

Daqui a pouco vamos começar com a promoção de fim de ano e, vocês já devem estar cansando de ouvir isso, mas também com os posts mais frequentes!

Beijos!


A Casa de Hades - Rick Riordan

29 de novembro de 2013


A Casa de Hades
The House of Hades
Rick Riordan
Intrínseca
496 páginas
2013

Okay, A Casa de Hades é o quarto volume da saga Heróis do Olimpo, então, sim, essa resenha vai ter algum nível de spoiler pra quem não leu os primeiros livros. Avisados? :)
Annabeth e Percy estão em maus lençóis. Depois de uma terrível queda, eles acabam no único lugar que semideus nenhum quer, jamais, parar: o lugar onde todos os monstros renascem. Cansados, feridos e tendo que se esconder das centenas de criaturas que mataram durante suas muitas aventuras, eles precisam se esgueirar pelos confins do Tártaro a procura das Portas da Morte. E essa ainda é a parte fácil.

Enquanto isso, no mundo mortal, os remanescentes do Argo II seguem com dificuldade pelos mares e céus, tentando chegar á Casa de Hades, lar provisório das portas da morte. Mas, apesar de contarem com um grupo talentoso, a viagem não é nada fácil e os desafios, inimigos e deuses com seus próprios propósitos se empilham em seu caminho. Mas eles precisam chegar até lá, e rápido, por que, como sempre, eles tem um prazo apertado e vidas pra salvar (a do Percy e da Annabeth inclusive, então, corre negada!).

Finalmente, depois de três volumes, Rick me entregou um livro eletrizante. Casa de Hades, apesar de seguir naquele ritmo brincalhão e educativo de sempre do Rick, é muito mais intenso e pesado do que os anteriores. Os personagens estão amadurecendo e as culpas e dores e medos deles vão se tornando mais palpáveis e densos. E é tão bonito poder ver o drama de Percy e Jason tentando decidir o que são agora, depois de suas respectivas incursões aos acampamentos "inimigos", e é muito interessante como esse embate da personalidade dos dois se reflete e tem consequências na aventura. Jason não se sente mais totalmente romano. Percy não vê a hora de montar sua casinha no acampamento Júpiter. E os outros semideuses da profecia também são afetados por essas mudanças. Frank precisa crescer (e uau, ele o faz). Nico precisa enfrentar suas verdades (e o drama e a amizade que surge com o Jason, ó, tomou meu coração pra sempre). 

Os capítulos foram divididos, como sempre, e todos os semideuses da profecia tiveram a chance de narrar parte da história. O crescimento de todos os personagens foi visível e acompanhar o amadurecimento dos semideuses a guerreiros foi tão interessante dessa vez que eu não fiquei querendo pular capítulos pra voltar pras desventuras de Percy e Annabeth. Frank e Hazel se mostraram, mais uma vez, super interessantes, e Leo acabou não tendo assim tanto espaço pra roubar a cena, embora seus capítulos ainda sejam uma das minhas partes favoritas. Até a Piper melhorou  nesse livro e seus capítulos giraram bem menos ao redor de Jason (o contrário não pode ser dito, no entanto. Adolescentes patéticos cheios de hormônios)!

Tivemos o reaparecimento de alguns personagens antigos e queridos, que me levaram as lágrimas, e nos aprofundar no drama deles foi uma coisa de cortar o coração. Destaque pra Bob, o Titã, tão querido que triturou a minha alma, e Calipso, a deusa apaixonada que é sempre deixada pra trás. É claro que, além dos bonzinhos, nós tivemos o retorno de alguns vilões também, e achei particularmente interessante poder ver de pertinho o ódio e as consequências das derrotas que eles sofreram antes. Um aspecto interessante no que, até então, era uma coisa bem rasa. O vilão aparecia, Percy espetava eles, fim. Mas os acontecimentos do tártaro fizeram Percy e Annabeth e a gente enxergar a coisa pelo outro lado também. E uau, que agonia.

A ausência de Percy e Annabeth teve o impacto que deveria no pessoal do navio, o que me deixou muito feliz, por que deixou bem claro que os dois sempre foram os mestres da missão, mesmo. Leo e Frank meio que assumiram a coisa, o que foi muito curioso, por que eu meio que estava esperando (e detestando a ideia) de que Jason e Piper ocupassem esse papel. Rick e suas surpresas. Diferente da ultima vez, em que eu senti que havia semideus sobrando, dessa vez não parecia haver semideuses suficientes: eram tantos os problemas e o nível de badasseria aumentou tanto que tudo ficou frenético e divertido, bem do jeito que eu gosto e espero numa história de Percy Jackson. Dividir o grupo de novo foi decididamente um turning point na história. Todos tiveram chances de viver pequenas, mas não desimportantes aventuras, e todos só foram melhorando como personagens enquanto faziam isso.

No geral, Casa de Hades foi um ótimo livro. Posso falar com segurança que é o meu favorito da nova saga, então recomendo loucamente, com fervor e amor. Rick pegou o jeito de novo demorou, mas foi e nos brindou com a dose certa de aventura, ação, agonia e as sempre presentes piadinhas e bom humor. Meu coração está apertado, estou curiosa, preocupada e nervosissima com as portas abertas para a nova e final aventura que se aproxima. Me pego devaneando com o Percy e imaginando o futuro dos nossos semideuses da profecia, mas minha mente de fã fica mais preocupada que otimista. Os acampamentos romano e grego, tão queridos, estão quase em guerra, e os nossos semideuses ainda precisam velejar até as terras antigas para enfrentar a mãe Gaia. E eu aqui, contando os dias para o lançamento de Blood of Olympus! 

(Mas acho que não estou pronta pra dizer adeus).

Corre e vai ler que o Percy é mara,
Beijo, beijo,

O Menino da Mala - Lene Kaaberbol e Agnete Friis

24 de novembro de 2013

O menino da Mala
Lene Kaaberbol e Agnete Friis
Editora Arqueiro
256 páginas




Mais um livro da série Marcelle Perdida no Lado de Lá da Europa. E amando isso.

Esse vem diretamente da Dinamarca e nossa pequena cola na Wikipedia para quem não tem como forte a geografia eu diz que é o mais meridional dos países nórdicos, a sudoeste da Suécia e ao sul da Noruega, delimitado no sul pela Alemanha. Pois bem, não satisfeito, o livro também nos leva à Lituânia e rapidamente à Polônia e Alemanha... 


O Menino da Mala é o primeiro livro da série policial Nina Borg (eu não sabia que era uma série e só fiquei sabendo depois de ler, mas não pela história, li o fato em algum lugar), mas parece ser uma daquelas séries que você não precisa ler todos e/ou em ordem. 

Nina é uma enfermeira, com um ou outro problema psicológico e a mania de querer resolver tudo por ela mesma e acabar salvando o mundo, que trabalha na Cruz Vermelha na Dinamarca. Uma das coisas que eu mais gostei foi que a Nina não me pareceu uma heroína. Ela parece alguém que mais precisa de ajuda do que pode dar, mas ainda assim salva o dia. 

Tudo começa quando uma amiga, quem Nina já não via há muito tempo, liga e pede para que ela vá ao seu encontro pois precisa de ajuda. Nina estranha, mas vai. Misteriosamente, Karin dá a Nina a chave de um armário na estação de trem e a Nina não resta outra opção que não ir até lá. Ao abrir a mala, Nina descobre um menino de 3 anos nu e dopado. 

Ao mesmo tempo, na Lituânia, Sigita não faz ideia do que aconteceu com ela. Acordou em um hospital e a última coisa de que se lembra é de estar no parquinho brincando com seu filho. 

Então o livro conta, principalmente, a história dessas duas mulheres: Nina e Sigita. As duas desesperadas e correndo perigo no meio dessa situação.  Inclusive, ninguém sabe por que o menino estava na mala, se realmente seria um esquema de tráfico de crianças. se o menino estaria destinado a pessoas que vendem meninos para pedófilos, pessoas que vendem órgãos. Várias situações horríveis acabam passando pela cabeça, e ainda mais quando pessoas começam a morrer. 

Eu achei o livro muito, muito bom. Ele me prendeu durante toda a leitura, me deixando temerosa e agitada, acompanhando a Nina com um menino que ela não sabia nem de onde vinha (ela não confia que a polícia vá se importar em achar a mãe dele, então se vira como pode a mania) e a Sigita sem saber onde procurar seu filho. E, ainda, os outros personagens, cada um culpado de seus próprios crimes. Outro toque bem legal é que todos os personagens tem sérios problemas e não estão de graça no meio de uma situação como essa. Com exceção do pequeno menino que, coitado, não tem culpa de nada. 

Moral da história: não aceite doce de estranhos leia O Menino da Mala, especialmente se procura um policial rápido e muito bom. 

   


Derby Girl (Whip it) - Shauna Cross

10 de novembro de 2013


Derby Girl
Shauna Cross
Editora Galera Record
238 páginas
2009

Se esse nome não te diz nada, se você não conhece nem esse livro e nem o filme, por favor, pare com isso. O livro é um YA (público jovem adulto) não muito inovador. Apesar de a protagonista ser uma menina, digamos, alternativa e desesperada para sair de sua pequena cidade natal (Bodeen - Texas), seu jeito ser bem engraçado e a história contar com um esporte pouquíssimo conhecido porém muitíssimo legal, os elementos do livro são bem parecidos com todos os outros YA que eu já li. Ainda assim, a leitura é bastante agradável.

Bliss não gosta de seu nome, de sua escola, de sua cidade, das pessoas de sua cidade e nem dos concursos de belezas aos quais sua mãe a submete. E é em um passeio de compras até Austin que Bliss descobre o Roller Derby. Ela não sabe exatamente o que é isso, mas o cartaz faz algo despertar dentro dela e cresce uma necessidade de voltar (escondida, é claro) a Austin e ver qual é. Pouco depois, Bliss entra em um dos times e precisa treinar muito para se destacar. O que ela faz, como Babe Ruthless.

Temos a garota que não gosta dela e dificulta bastante sua vida, temos o romance com a carinha de banda, temos a briga com a melhor amiga, a relação complicada com os pais. Mas o destaque do livro é o Roller Derby. Logo, sem mais delongas, vejam os vídeos e descubram mais!

Trailer do filme:



Uma matéria da marie clare sobre o esporte:



As meninas do clube do Rio explicando o esporte e sobre como foi o filme que trouxe o esporte pro Brasil!



Alguém aí do Rio anima de ir assistir um treino das meninas?











[Retroprojetor #61] Thor: O Mundo Sombrio

8 de novembro de 2013

Thor: The Dark World
Direção: Alan Taylor
Genêro: Aventura/Fantasia
Duração: 112 minutos

E lá vou eu, mais uma vez, começando um retroprojetor avisando que posso estar sendo tendenciosa aqui. Sou apaixonada pelos filmes da marvel, mesmo os mais fraquinhos cof homemdeferro3 cof e estava esperando ansiosamente pela estréia de The Dark World desde a liberação do primeiro trailer. O motivo? A coisa estava parecendo simplesmente épica. E quer saber? Foi mesmo.

Walk out of Asgard like waaaaaaaaa
badasses, babe
O Mundo Sombrio começa com Thor e sua companhia fiel de homens recolocando ordem nos 9 mundos conectados pela Bifrost. E, embora o deus do trovão esteja tão próximo da paz, ele está longe de feliz: sente saudades de seu amor humano, a jovem Jane Foster, que ainda espera por ele na Terra. No entanto, ela "tropeça" numa entrada para um mundo distante, onde um mal ainda mais antigo que o próprio Odin repousa e sua vida é atada a uma misteriosa energia negra e passa a correr perigo.

A reação de Thor é a de todo namorado zeloso: preocupado com a súbita energia bizarra e o sumiço temporário de sua amada dos olhos potentes de Heimdall, ele aparece num trovão, faz chover, abraça a bonita pela cintura e a carrega para Asgard. Isso não só desperta a fúria de Odin, como desperta também Malekith (Chris Eccly britânico maravilho nono doctor), um elfo negro que tem planos de usar a energia misteriosa para trazer a escuridão e destruição a todos os mundos. Com Odin cego para os sacrifícios necessários, cabe a Thor salvar o mundo, com a ajuda não só de seus fiéis amigos, mas também de seu traiçoeiro irmão, preso ás masmorras de Asgard pelos crimes cometidos contra a Terra e contra Asgard.

image
"That was for New York"
Eu adorei o filme. Entrou direto no segundo lugar do meu top marvel, só perdendo pra Avengers. Todas as cenas em Asgard eram lindas, aquele cenário tão bonito que dava vontade de sair voando pra lá. As roupas, as batalhas, as cenas de ação comendo soltas. E, diferente do primeiro filme do herói. nós tivemos um plot desenvolvido e evolução dos personagens, uma que não foi em nada forçada ou insatisfatória. Thor cresceu. Loki cresceu. Odin regrediu. Na verdade, foi interessante ver Odin Rei e Odin Pai em ação. E a Frigga sendo badass, sem condições.

mamãe thor chutando bundas
O filme também cresceu muito e perdeu boa parte daquela aura galhofa que o primeiro volume teve. Mas não me entenda mal, ainda tivemos um festival de piadas e eu passei boa parte do filme rindo. Mas as piadas foram bem colocadas, dentro do tom da cena coisa de irmão, enfim, dosadas para não fazer o filme ficar pastelão, como aconteceu com Homem de Ferro 3 e o primeiro Thor. Palmas para a cena de fuga de Asgard com Thor e Loki trocando insultos sobre a direção. Uma das melhores cenas, fato, não só por que foi adorável e engraçado, mas por que ainda serviu para solidificar a relação dos irmãos protagonistas.

Vale ressaltar que a performance de Tom Hiddleston merece prêmio. Loki apareceu divino, e suas emoções me atingiram bem onde doía. Destaque também para Idris Elba, o Heimdell, que mesmo sendo o guardião do arco íris ainda inspira muito respeito.

  

Com plots twits, um visual de tirar o fôlego, Chris Eccly (nono doctor! nono doctor!) no elenco, um cameo e algumas surpresas pra lá de interessantes no roteiro, Thor: The Dark World foi, fácil, o filme de herói do ano. Então não espera mais nada, corre pro cinema e vai assistir essa belezura! Eu vou de novo logo, logo.

  

Beijo, beijo, 

[Promoção] Cidades de Papel

6 de novembro de 2013



Aháaa
Estou de volta e com promoção!
O que que você me diz disso? E, além de uma simples promoção, a promoção de um livro do John Lindo Green: Cidades de Papel (clica no título pra ler a resenha!)

Para participar é só se inscrever aqui embaixo pelo Rafflecopter e ler as instruções no fim da janelinha. Qualquer dúvida: @treslapis no twitter, facebook ou treslapis@hotmail.com


Let the games begin

Paperboy - Pete Dexter

28 de outubro de 2013

PaperboyPaperboy
Pete Dexter
Editora Novo Conceito
336 páginas
2013




Hillary Van Wetter foi preso pelo homicídio de um xerife sem escrúpulos e está, agora, aguardando no corredor da morte. Enquanto espera pela sentença final, Van Wetter recebe cartas da atraente Charlotte Bless, que está determinada a libertá-lo para que eles possam se casar. Bless tentará provar a inocência de Wetter conquistando o apoio de dois repórteres investigativos de um jornal de Miami: o ambicioso Yardley Acheman e o ingênuo e obsessivo Ward James. As provas contra Wetter são inconsistentes e os escritores estão confiantes de que, se conseguirem expor Wetter como vítima de uma justiça caipira e racista, sua história será aclamada no mundo jornalístico. No entanto, histórias mal contadas e fatos falsificados levarão Jack James, o irmão mais novo de Ward, a fazer uma investigação por conta própria. Uma investigação que dará conta de um mundo que se sustenta sobre mentiras e segredos torpes.

Paperboy foi uma leitura bem estranha. Acho que essa é uma boa forma de definir.

Lá pela metade do livro, eu percebi que eu não gostava de nenhum dos personagens. Os defeitos deles eram gritantes demais e me irritavam tanto que eu não conseguia simpatizar - ou  torcer - por ninguém. (Os Van Wetter e o Yardley eram os piores). Se eles se ferrassem muito, eu não ligava pra eles ou pra como eles sairiam da situação, porque para mim, eles simplesmente não eram gostáveis. Os irmãos Ward eram os que se salvavam na situação, mas no fundo eu não gostava deles de verdade. Era um sentimento de menos pior, na verdade.

Outra coisa que eu não gostei e chamou bastante atenção foi o modo que ele é escrito. Ele não é dividido em capítulos. A divisão no livro é feita com um espaço maior entre um parágrafo e outro (como encontramos em muitos livros) com um quadradinho no espaço marcando a mudança da cena. E, embora não tenha capítulos, o livro é repleto dessas pequenas marcações, então cada parte é muito pequena, tendo umas três páginas ou até mesmo apenas dois parágrafos. Eu demorei bastante para me acostumar com o estilo de narrativa, porque parecia que nada me prendia e as coisas aconteciam muito rápido. Quando acontecia algo que eu achava que merecia explicação e desenvolvimento, a cena já mudava, a parte que eu gostei acabava e ninguém nunca mais tocava no assunto. Era meio frustante.

Mesmo com meu problema com a ausência de capítulos e os personagens, Paperboy foi um livro que eu li rápido. Acho que as cenas eram bem curtas, eu estava tentando me entender com a história e os personagens e realmente queria saber no que tudo ia dar, então foi um livro que me prendeu pela curiosidade. A história é interessante também, mas eu não consegui me entregar para ela. Não chegou a ser uma leitura arrastada, que eu tenha resolvido largar ou nada. Só não era o meu tipo de livro, acho.  Não vou falar que me arrependo de ter lido, de jeito nenhum, mas não pretendo ler de novo.

Então, por fim, eu não vou falar que recomendo Paperboy, mas acho que quem se interessou pela sinopse  e acha que não vai se importar com o que eu não gostei, deveria dar uma chance. É um livro bem diferente de tudo que eu já li, praticamente em tudo: a história, a ambientação, os personagens e a narrativa. Acho que valeu a pena para conhecer mesmo. Só que não é compatível com o que eu gosto. Simples assim.

Beijos.


Olho por Olho - Jenny Han e Siobhan Vivian

26 de outubro de 2013

Olho por Olho


Olho por Olho (Olho por Olho #1)

Jenny Han e Siobhan Vivian
Editora Novo Conceito
320 páginas
2013



Líderes de torcida, jogadores de futebol americano e os excluídos da escola. Três meninas, incluindo uma das populares, resolvem se vingar dos apelidos e maldades. Particularmente, adorei a premissa. 

Há um grupinho de populares na Ilha Jar: Rennie, Reeve, Alex, Lillia, PJ e Ashlin. A vida parece bem fácil para eles. Não é o mesmo que acontece com Kat. Ela já está cansada de morar lá, depois do que uma supostamente amiga fez com ela e tantos rumores e xingamentos sobre ela. Nem com Mary, que acabou de voltar, depois de muito tempo afastada, por causa de um passado bem preocupante. Mas quando mexem com a irmãzinha de Lillia, ela resolve que não pode deixar as coisas como estão. E, quando o destino junta as três, elas resolvem ir atrás de vingança. 

As três principais são bem diferentes e o livros alterna entre os diferentes pontos de vista, então te dá a chance de conhecer um pouco mais do passado e da vida de cada uma, embora eu ache que o livro poderia ter aprofundado um pouco mais. A minha preferida até agora é a Lillia, o que me surpreendeu muito. Ela é a rica e popular da história, o que poderia ser sinônimo de a mais fútil, mas não é.  As partes dela eram as que eu mais gostava.  A história da Mary demora bastante para se desenvolver completamente e é um mistério no livro, mas, quando você descobre toda a verdade, não tem como não querer entrar no livro, dar um abraço e virar amiga. Já quanto a Kat, ainda não me decidi se gosto ou não. Ela é bem decidida, mas eu a achava um tanto quanto obcecada com um certo garoto e que isso não combinava com a personalidade dela. 

Eu esperava que as vinganças fossem um pouco mais cruéis. Acho que 9 livros de Pretty Little Liars com pessoas desaparecendo e tudo mais me deixam esperando coisas terríveis. Mas as meninas não vão por esse caminho e, mesmo assim, as coisas tomam proporções bem grandes e temos um final daqueles de deixar desesperada pelo próximo. Não só porque o livro termina no meio da maior confusão de todas, como aparece uma parte sobrenatural, ainda que bem pequena. Não sei muito bem como isso vai se encaixar na história e nem entendi a necessidade, mas acabou me deixando bem curiosa para saber que fim isso vai levar. 

Olho por Olho foi uma leitura feita em um final de semana, que me deixou super animada e querendo mais da história, então acabou sendo uma boa surpresa. É clichê sim, mas pra quem gosta de YA, acho que é uma boa pedida. 

Beijos!

Era uma vez, há muito tempo atrás... - Brigid Pasulka

22 de outubro de 2013

Era uma vez, há muito tempo atrás... 
Brigid Pasulka
Editora Nova Fronteira
361 páginas 
2010


Eu tenho uma história com esse livro. Ele não é desses que eu peguei em uma promoção e resolvi ler do nada ou um desses que eu recebo de cortesia. Novembro ou dezembro de 2010, eu estava em alguma livraria (provavelmente a Saraiva) e vi essa capa na prateleira. Essa é uma capa que me faz parar qualquer coisa só de vê-la no cantinho do olho. Então, eu parei. Li a sinopse. Descubri que a história se passa na Polônia (adoro conhecer novos lugares através dos livros enquanto não pessoalmente), em dois momentos. Um um pouco antes da 2ª Guerra Mundial e outro 50 anos depois disso. Anos 1930/40 e 1980/90. Mas não o comprei.

Estar no meio de tantos livros famosos, com muita muita divulgação, com muitos fãs, muitas resenhas por aí, pode bem fazer a gente perder a coragem de comprar e ler um livro do qual nunca ouvimos falar, que ninguém nunca te indicou. Então, eu não o comprei. Quase três anos depois, o pedi de troca no skoob. Logo que o livro chegou, tão lindo, já comecei a lê-lo. Não me arrependo de ter demorado tanto para tê-lo. Esse ano a Polônia apareceu na minha vida de maneira completamente inesperada, então o livro veio na hora perfeita, para falar a verdade.

Um rapaz conhecido como Pombo vê a belíssima Anielica conversando com seu irmão Jakub que é, de alguma forma, especial, descrito como um tolo meigo, e fica impressionado com a beleza da jovem. Assim como qualquer outro homem. Porém, Pombo não é de ficar parado e, ao invés de ficar apenas suspirando, ou mesmo chegar de mãos vazias até o pai de Anielica, ele resolve oferecer suas złote rączki, mãos de ouro (todo polonês as possui e é famoso por elas) para reformar inteiramente de graça a casa da família Hetmański. O pai de Anielica, Pan Hetmański (Pan/Pani significam Senhor/Senhora em polonês, só que é muito usado mesmo), que não é bobo nem nada, soube logo de cara que o que Pombo queria era se aproximar de Anielica. Mas, mesmo correndo o risco de ter um homem no quintal de olho na sua jovem filha, ele não iria desperdiçar a oportunidade de ter sua casa reformada de graça.  

O irmão de Anielica, Władysław Jagiełło, vai ajudar Pombo nas obras e eles acabam se tornando grandes amigos com o passar do tempo. O romance de Pombo e Anielica, por sua vez, parece nada mais que nenhum romance para quem não tem acesso ao coração ou à mente de algum dos dois. Há até quem diga que, na verdade, Pombo sempre esteve interessado em Władysław Jagiełło. Mas essa não é a verdade. Ele está apenas esperando a hora certa.

Cinquenta anos mais tarde, Beata, mais conhecida como Baba Yaga ("bruxa" do folclore polonês) é a protagonista. Assim como Anielica e Pombo, Baba Yaga vivia na Meia-Aldeia, porém se muda para a Cracóvia e vai morar com suas primas. Ela não é dessas pessoas que vive intensamente, Baba Yaga tende a simplesmente ir vivendo, mesmo que não seja isso o que ela deseje.

As duas Polônias são bem diferentes, tendo passado muita coisa no meio tempo que as separa. Guerras, ocupações, invasões, reconstruções (estruturais e culturais) são coisas comuns na história polonesa. E, além do romance lindo, da história tristíssima e emocionante, das intervenções muito engraçadas do narrador, Era uma vez, há muito tempo atrás... é cheio de cultura e história polonesa. E não é do tipo que você se vê perdida e desinteressada, não, por favor, não, é do tipo que te prende, te deixa curiosa e já apaixonada pela Polônia.

O livro é cheio de palavras polonesas que no contexto dá para você entender o significado, e lugares, e expressões e manias. Hoje eu sinto como se eu conhecesse um pouquinho mais do país. E tenho um carinho especial pelo povo que Brigid Pasulka mostra ser tão corajoso.

Eu preciso, de alguma forma, te convencer a ler esse livro, mas não sei como posso fazer isso. Se você puder apenas acreditar quando eu digo que esse é livro é muito muito muito bom, será excelente. Escrever essa resenha me fez ter vontade de reler o livro que eu li há duas semanas e de chorar só de pensar na história que tem dentro dele. Ele me fez gargalhar, chorar, arregalar os olhos, fechar os olhos e pedir para que o que eu achava que fosse acontecer não acontecesse. O jeito como a história é contada, além da história em si, é algo difícil de se descrever, que só lendo por si mesmo, você poderia entender. Então, por favor, faça isso. E depois me procura para dizer como foi.

Cidades de papel - John Green

21 de outubro de 2013

Cidades de papel 
John Green 
Editora Intrínseca
361 páginas 
2013


Vamos começar partindo do princípio de que estamos falando de John Green aqui e acho que eu dificilmente julgaria mal um livro dele a essa altura do campeonato. Ou talvez, pelo contrário, se acaso eu começasse a ler um livro menos que maravilhoso - não pela história, mas pelo jeito que ela é contada - do John Green, acho que seria o fim de uma era e meu mundo cairia.

Deixando o drama de lado, vamos falar de Cidades de papel, por enquanto o meu livro menos preferido do John Green.

Quentin Jacobsen (sempre os belos nomes) é um adolescente nerd platonicamente apaixonado por sua vizinha Margo Roth Spiegelman. Quando pequenos, eles brincavam muito juntos pela vizinhança, no bairro de Jefferson Park, em Orlando. Até que um incidente muda bastante coisa na vida deles.

Hoje Margo é a rainha da escola e Quentin é só um nerd, eles nem se falam mais, mesmo que ainda sejam vizinhos. Até que em uma noite, até então, como qualquer outra, Margo aparece na janela de Quentin e o obriga a partir em uma missão. Margo é uma personagem doida e exagerada e cria situações doidas e exageradas daquele bom jeito que o John Green tem para fazer a gente entender o que ele quer. Ou o que nós quisermos. Eu gosto muito desse estilo que está em todos os seus livros que eu já li (tipo um cara namorar 19 Katherines).

Depois dessa noite louca e maravilhosa, Quentin não sabe o que esperar de Margo no dia seguinte na escola. Será que ela falaria com ele? Fingiria que nada aconteceu? Mas o que ele não esperava, mesmo que não fosse muito incomum, era que Margo não aparecesse. Nem no dia seguinte e nem no próximo. Tratando-se de Margo Roth Spiegelman, o jeito era esperar.

Enquanto esperava, Quentin e seus amigos, e aqui eu introduzo os personagens mais legais do livro, Radar e Ben, começam algumas mudanças pelo colégio. Afinal, sem Margo, aquilo estava virando uma verdadeira bagunça. Em meio a isso, Q descobre que Margo deixou pistas para ele (também não incomum) e parte na missão de encontrá-la.

As pistas não são simples, Margo exige muito do cérebro (e do coração?) de um cara. Ninguém sabe quem ela é de verdade e Quentin acha que é ele quem a conhece melhor. Mas será que é mesmo? Ele se vê sem saber se a menina por quem é apaixonado é a menina que todo mundo vê - popular, fútil, simpática e muito amiga -, se é quem ele achava que ela é - curiosa, inteligente e criativa - ou se não é nenhuma delas - talvez confusa, geniosa, generosa e solitária. Talvez seja um mistura de todas. Talvez seja egoísta. Margo é uma personagem interrogação, uma metáfora assim como as suas cidades de papel. E isso é tudo que ela não quer ser: uma garota de papel em uma cidade de papel.

Por trás de uma história adolescente, com um trio de amigos muito engraçados, viagens de idas e voltas, pistas e a clássica estrutura do High School americano, John Green traz uma série de perguntas à tona e nos faz pensar no que separa sermos de carne e osso (e tudo o mais) ou sermos de papel.


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