A estrela que nunca vai se apagar - Esther com Lori e Wayne Earl

21 de fevereiro de 2014


A estrela que nunca vai se apagar 
Esther com Lori e Wayne Earl
Editora Intrínseca 
448 páginas
2014

Você já conhece Esther Grace? Já está sabendo da semana esther? Nós publicamos um post sobre a semana, com a lista das blogs participantes. Dá uma olhada, clica aqui!

Esther foi uma nerdfighter, fã de Harry Potter, de rock bruxo, de Doctor Who, de seus irmãos, seus pais, seus amigos.

Esther, pelo o que eu aprendi lendo as páginas do seu diário, suas conversas no Skype, seus vídeos no youtube, era uma menina engraçada, forte, compreensiva e muito amorosa. Mas acho que o que mais me admira nela é o quanto ela era ciente. Esther foi diagnosticada com câncer na tireoide aos 12 anos e, após inúmeras complicações, inúmeras histórias, noites de quase morte, noites de muita diversão, faleceu em 2010, aos 16 anos. Ou seja, ela era uma criança que passou por coisas que criança nenhuma deveria imaginar em passar. E seu discurso é sempre muito honesto e realista.

Esther encarou a vida e a morte com uma coragem e honestidade impressionantes. Mesmo que você estivesse lendo o diário dela, consegue imaginar, mesmo que só para você, sua própria morte como algo que pode chegar essa noite? De verdade? E escrever sobre isso? E conversar com seus pais sobre isso? Encarar isso sem pirar o tempo todo tendo apenas 13 anos?

Parei com as perguntas porque a reposta está sendo não para todas.

Mas, ainda além, ela conseguia (porque, na verdade, que outra opção ela tinha?) se preocupar com outras coisas, se incomodar porque não estava fazendo nada para ajudar a ninguém deitada na cama, porque estava se afastando da irmã que levava uma vida de adolescente sem câncer, porque nunca havia beijado um garoto e tinha medo de morrer assim.

Esther foi uma adolescente nerd, como a maioria de nós. Ela criou um mundo de amigos on-line, e realizou o desejo deles de se conhecerem. Ela conheceu o autor John Green em uma convenção de Harry Potter e o inspirou a escrever o livro A culpa é das estrelas.

Ela viveu de verdade, e pessoas de verdade, com certeza, tem seus defeitos. Tornam elas, nós, reais. Mas a natureza verdadeira com que ela escrevia me faz pensar que ela já era real nas suas qualidades, e nos seus gostos simplesmente (oi, nerd, já falei?).

Eu poderia falar os pensamentos dela que mais me marcaram, ou as partes que me fizeram chorar, ou as realidades que mais me fizeram sofrer, mas acho que você devia achar os pensamentos dela que mais te marquem e as partes que o façam chorar. Ler sobre Esther me fez pensar que eu estou certa em tentar seguir o caminho do amor e da gratidão, mas que estou muito longe de estar dando o meu máximo.

"Não sei o que quero de níver nem o que as pessoas vão me DAR. Eu literalmente tenho tudo o que quero e isso parece muito 'ah, que criança fofa com câncer. Estou com lágrimas nos olhos', mas a verdade é: 'Já tenho coisas que me interessam'."
Esher conversando consigo mesma em seu diário. 

Esther tinha fé. Ela acreditava em Deus e conversava com ele, muito. Ela acreditava que cada dia era um dia a mais e não a menos.  E se preocupava com os outros, com o trabalho que dava para seus pais e se via dividida entre ser uma adolescente e brigar com os pais, amá-los e se sentir culpada por tomar tanto tempo, dinheiro e disposição deles. Coisa que eles jamais pensariam em reclamar e usavam com o maior amor. Esther é a estrela (significado do seu nome) da família Earl e de mais tantas pessoas que tiveram suas vidas ao menos um tantinho iluminadas por ela.


E o livro é ótimo! Você deve lê-lo. 




Um comentário:

  1. Quero muito ler a história da Esther... Vou esperar o momento certo!!! Porque se A culpa é das estrelas a emoção foi grande, ler a história real vai ser mais ainda... Mas quero conhecer essa garota!

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