O Clã dos Magos
Trudi Canavan
Editora Novo Conceito
448 páginas
O Clã dos Magos conta a história de Sonea, uma menina pobre, uma kyraliana. A história se passa em um ambiente completamente novo, não muito bem especificado, com vocabulário próprio, em um tempo que não sei se passado, presente ou futuro. É um mundo fictício, com costumes e tudo o mais inventados pela autora. Tudo isso exigiria grande atenção para situar o leitor no contexto da história, mas não aconteceu.
Mas vou tentar explicar esse contexto mais ou menos para vocês: Kyralia é um reino muito segregado. Existe a Cidade Interna, as favelas, o Clã dos Magos. Os jovens das Casas (pessoas ricas) fazem testes para descobrir se tem potencial mágico e, caso tenham, vão para o Clã. Não há magos nas favelas. E o Rei não se importa muito com quase nada, aparentemente. Em todos os invernos, os magos vão até as favelas para realizar um ritual chamado Purificação, por ordem do Rei, onde eles expulsam pessoas das suas casas. Teoricamente isso serviria para expulsar os bandidos, mas os Ladrões jamais seriam expulsos pela Purificação. Os Ladrões comandam as favelas, tipo o tráfico de drogas.
Em uma dessas Purificações, os magos estavam, como normalmente fazem neste tipo de evento, fazendo um escudo mágico protetor para impedir que as pedras que as crianças faveladas costumavam jogar neles não os atingisse. Mas algo muito inesperado aconteceu: um pedra passou pela barreira e atingiu em cheio a cabeça de um dos magos. E esse é o acontecimento que causa o desenrolar de toda a história.
Na confusão um menino foi queimado, as crianças fugiram e ficou a certeza de que havia um mago selvagem solto pelas favelas. Sem aprender o Controle, todos estariam em perigo à volta de Sonea. Deu-se, então, início a uma busca intensa por parte dos magos e uma fuga desesperada de Sonea.
Eu achei o início do livro bem ruim, eu não entendia lhufas, nada fazia sentido e todo mundo dizia Hai! o tempo todo. Que tipo de expressão horrível é essa? Eu sei que a autora/o tradutor queriam passar o vocabulário informal e cheio de gírias das favelas - gírias próprias do livro inclusive - mas to e tá o tempo todo e sempre em itálico pode ser bem incômodo. Depois veio uma fase bem melhor, as emoções da perseguição/fuga, já que acompanhamos alguns magos ao mesmo tempo que acompanhamos Sonea, quase compensavam o vocabulário e as coisas confusas.
Como o livro é grande, e eu demorei muito tempo para conseguir terminar de lê-lo (também por motivos pessoais, faculdade e tal), deu tempo para eu conseguir me acostumar com a história, os hais acabaram e tudo começou a ficar mais claro. E o livro ficou bom, não ótimo, mas bom. Acho que passei a gostar do livro quando o "elenco" passou a se resumir, basicamente, em Sonea e Ceryn - seu amigo gracinha - e nos magos Rothen, Dannyl e Fergun. Eu consegui identificar realmente que era quem, a trama ficou muito melhor, tudo passou a fluir com mais naturalidade na história. Pena que isso é só a partir da página 240.
Sou fã de fantasia, sou fã de livros que tenham magia e estava doida para ler O Clã dos Magos mas, apesar de ter sido cativada por Sonea e especialmente por Rothen, fiquei decepcionada com o livro. E eu nem esperava que fosse algo maravilhoso, não. Não digo que não devem tentar a leitura, claro que não! Como eu sempre faço quando vou escrever a resenha de um livro que eu não gostei muito, procurei pela opinião de outros(as) blogueiros(as) e achei várias resenhas bem positivas. Bom, fica, então, com vocês decidir tentar ou não!
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