Série composta por quatro livros, As Brumas de Avalon conta as histórias que formam a lenda do Rei Arthur de uma maneira bem diferente da usual. Eu sempre gostei muito da idade média [faz sentido?], admiro a força das pessoas que viviam sem saber se iam morrer de uma doeça estúpida, em um acidente, ou em uma briga sem motivo e principalmente a força das mulheres que carregavam seus filhos durante 9 meses temendo a hora do parto. Muitas morriam, muitas mesmo. Sem contar com os vassalos do rei, os cavaleiros, os príncipes, princesas, reis, rainhas, feiticeiras, sacerdotes e sacerdotisas... e a parte fantasiosa, é claro. Dragões, bestas, duendes, fadas, criaturas mágicas...
Voltando às Brumas, em A Senhora da Magia, vemos Viviane, Senhora do Lago, cheia de dúvidas e sentimentos por dentro mexendo com a vida de todos, principalmente de sua irmã Igraine. Os livros são narrados de modo que nós sentimos como as principais mulheres dessa história tão famosa sentiam, segundo a Marion.
Em A Grande Rainha, entra em cena Guinevere, obrigada a se casar com Arthur e a ser Grande Rainha da Bretanha, mas apaixonada pelo melhor amigo de seu marido e melhor cavaleiro de seu Rei, Lancelote. A melhor parte da saga, na minha opinião, é esse triângulo amoroso, tanta coisa em jogo. Mais que três vidas, as vidas de todo um povo são influenciadas pelas decisões tomadas por eles e como eles fazem isso. Guinevere se tortura entre uma paixão, um reino e sua religiosidade.
Em O Gamo-Rei, mais do triângulo e Morgause e Morgana. Morgause é a outra irmã de Igraine e Viviane, a ambiciosa. Ela não liga pra Avalon nem para deuses como Viviane tampouco para morais, costumes e para a igreja católica como Igraine. Morgause sempre cuidou dos seus, se preocupou em estar bonita, arranjar um bom marido que a valorizasse, se divertir e viver do melhor jeito que fosse possível. Às vezes passando por cima de um ou outro se preciso fosse.
Por último, O Prisioneiro da Árvore, Morgana, irmã de Arthur e filha de Igraine, se sente presa, abandonada e impotente longe de Avalon, ela tenta fazer tudo que julga ser certo segundo à deusa e se esforça em continuar o trabalho de Viviane protegendo e lutando por seu antigo lar.
São livros que não parecem longos, mas são. Entretanto, vale a pena. É muito bom conhecer detalhes dessa lenda maravilhosa através de suas mulheres. Até porque mulheres deixam tudo mais emocionante, não é mesmo?
Beijos, Z.