[Retroprojetor #8.1] Aaah, Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2

17 de julho de 2011

  14 de Julho de 2011. 23:55. Todos os sentimentos de 7 anos de saga (foram mais, não foram?) à espera de uma afinal conclusão pulsando no peito. A fila foi uma algazarra (obrigada Babi, por guardar os lugares!): tinha refrigerantes, livros, risadas, baralho, amigos e desconhecidos num clima de festa que não combinava muito com a despedida. Mas é que ninguém queria pensar que era uma despedida. Eu, pelo menos, não queria.
  Esse vai ser um retroprojetor diferente. Vai ser um post dividido em três, por que nenhuma de nós quer deixar de falar sobre o que foi finalmente poder ver o filme que concluiu a saga Harry Potter. Só o que eu posso dizer que é igual para nós três é que choramos muito, entramos em desespero e gritamos, como loucas, depois que acabou. O filme, eu quero dizer. A saga é épica demais. Não dá pra acabar. Não vai acabar nunca. E se você duvida, basta pegar um livro ou um filme e recomeçar. E pronto. Você estará vivendo a magia de novo.
  
   Eu juro solenemente não fazer nada de bom.

  Vocês que me acompanham aqui (e eu sei que eu apareço pouco)  já devem ter reparado que eu sou uma chata. Eu nunca gosto muito de tudo o que vejo ou leio, sempre tenho ressalvas, nunca marco um 100% em nada. Mas, dessa vez, vou fazer diferente. Harry Potter and The Deathly Hallows Part.2 foi perfeito. Em todos os pequenos segundos, todas as cenas e risadas e piadas (mesmo as fora de hora). E eu sei que posso estar pagando de fã louca e desmedida, mas fazer o que. É o final, "o fim de uma era" e eu não conseguiria pensar diferente.
  A primeira coisa que eu tenho a dizer, e a perguntar, principalmente pra quem viu de pré-estreia, é se no cinema onde vocês viram, rolou trailler. No cinemark do Plaza Shopping aqui em Niterói, onde nós vimos, não passou. E isso foi uma coisa muito épica, principalmente se você levar em conta que Deathly Hallows 2 é uma continuação. Dizendo isto, posso dizer que mergulhei com tudo no filme e que o cinema me permitiu isso. Quando apareceu o símbolo da Warner eu já estava chorando (e você também Júlia, não adianta negar!) e entrando em total desespero. Era real. Era a última vez, não que eu via o filme, afinal eu pretendo assistir muito HP7.2 no cinema, mas que eu via pela primeira vez um filme do Harry Potter. Foi a ultima vez que eu senti aquela ansiedade acerca do mundo bruxo do meu Harry. Então chorei mesmo.
  A primeira cena do filme é a última do 7.1. Mais uma vez, uma sacada GENIAL. E aí você já entra na casa do Gui e da Fleur, e a história começa a se desenrolar. Tudo é bem rápido no 7.2. Como eu disse pras meninas, Relíquias Parte 2 é um filme de batalhas. O grosso da história estava na primeira parte. Tudo o que é contado nessa segunda parte é só pra arrematar. A parte importante mesmo é a luta, o fogo, os feitiços, o Snape e a conclusão.
    Eu só li Reliquias da morte uma vez, quando saiu em inglês, na internet. Depois que comprei meu exemplar, não reli. Não tive coragem. Se eu o fizer vai finalmente acabar, de verdade, sem nada mais pra mim. Então não posso falar muito sobre a adaptação, de verdade. Não senti falta de nada, contudo. E o filme fez bastante sentido, então não é um daqueles filmes que "só quem leu, entende".
   Não quero falar mais da história. Vocês já sabem como tudo se desenrola e, se não sabem, não quero liberar spoillers pra você que ainda não leu ou assistiu. Você precisa aproveitar a sensação da descoberta, como eu, se ainda não começou ou terminou Harry Potter. 
   Harry cresceu muito (não no tamanho, malz aí Dan, rs), e agora é um personagem que faz o que tem que fazer não apenas por instinto, como antes, mas por que sabe que está fazendo a coisa certa. Hermione e Rony (own, own) o acompanham nisso. Falando dele, Rony está bastante engraçadinho. Praticamente todas as cenas dele contam com alguma piada. Total personagem de alívio cômico. Eu adoro isso nele. Alguns amigos meus acharam exagerado, mas eu gostei. Se não fosse por isso, eu teria saído do cinema desidratada.
    Agora falando do Voldemort,  Ralph Fiennes fez um trabalho majestoso. O personagem em seu momento de glória ultrapassou o status de simplesmente assustador e foi para o sombrio. Até mesmo a risada (aquela à la Silvio Santos) carregava no triunfo o pânico que Voldemort traz. Achei total desesperador.

Nosso quase fã clube Keep Calm
    Matt Lewis, o Neville, fez um trabalho muito brilhante. Deixou completamente pra trás aquele Neville infantil e bobalhão e o substituiu pelo herói que roubou a tela, organizou a resistência e tocou meu coração. Maggie Smith fez a McGonagall mais fofa imaginável, Julie Walter estava lá sendo uma linda e maternal e poderosa Molly, o Alan Rickman quase me fez gostar do Snape e o Coltrane me fez amar ainda mais o Hagrid. Personagens e atores que eu vou levar pra sempre.
   Todas as mortes cortaram meu coração, como já era de se esperar. Todo mundo que já leu Relíquias sabia bem o que ia encontrar no cinema. Eu esperava, no entanto, que fosse mais desolador. A morte de alguns personagens específicos, por exemplo, eu achei que seriam muito mais exploradas. E, sinceramente, ainda bem que não foram. Eu não sei se eu ia aguentar ver alguns deles caindo. Eram personagens que eu gostava demais.
  As ultimas cenas foram incriveis. Até aquele voo a dois do Harry e do Vold, embora não estivesse previsto, ficou bem legal, rs. E o epílogo/ultimacena foi a coisa mais fofa ever. Eu já estou chorando de novo só de lembrar. 
  Tudo, da primeira cena até a ultima, foi feito com muito cuidado. Foi perfeito. Um final muito digno pra uma das sagas mais queridas de todos os tempos. E eu não estou sozinha nisso, são milhares de fãs ao redor do mundo que certamente concordam comigo. Então, se eu recomendo? Com certeza. Mas leve seu lencinho e prepare seu coração pra despedida. Vai ser o adeus mais lindo de todos os tempos. 
  Malfeito, feito.
   
Thainá Alves Caldas


PS.: Estamos postando todas as nossas fotos da pré-estréia  no Plaza Shopping - Niterói na nossa página do facebook, aqui.
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