Tamanho 42 Não é Gorda
Meg Cabot
Galera Record
411 páginas
A Meg Cabot é o tipo de autora que seus livros seguem uma mesma linha, mas sempre com um tema diferente ao fundo. Não é a toa que ela faz sucesso a cada lançamento. Como eu adoro ler livros de investigação, eu estava doida por Tamanho 42 Não é Gorda.
Nossa protagonista, Heather Wells, foi uma cantora pop muito famosa que, atualmente, trabalha em um alojamento conjunto residencial. Para ela, sua vida afundou. Não faz mais sucesso, sua mãe fugiu com todo seu dinheiro, terminou com o namorado e veste tamanho 42 (que não é gorda, é o tamanho médio da mulher americana). Quando uma menina morre no seu local de trabalho, é dado como acidente. No entanto, Heather acha que as circuntâncias apontam para uma outra coisa... um assassinato. E, como é a única com essa opinião, decide investigar.
Esse livro segue a linha dos livros mais adultos da Meg, que eu prefiro. Algumas vezes, acho as personagens um pouco cansativas, repetindo sempre a mesma coisa. E, logo que o livro começa, é fácil perceber que a Heather tem um enorme problema de auto-estima, sempre procurando justificativas ou um jeito melhor de descrever sua situação. No começo foi engraçado, mas depois... é, nem tanto. Mesmo assim, eu gostei muito dela, do seu jeito de contar o que acontece e das piadinhas que ela faz durante todo o livro.
Assim que a parte do mistério começa, as coisas ficam mais empolgantes. Heather tenta mesmo bancar a detetive, investigando, entrevistando disfarçadamente algumas pessoas e tentando ligar os pontos. Essa parte é muito divertida! Eu sempre chegava a mesma conclusão que ela e, confesso, não esperava o final. Fiquei muito surpresa. E, como todos os livros da Meg, ele tem um ritmo muito bom, desses que você lê super rápido sem notar o tempo passar.
No entanto, por estar com as expectativas muito altas, acabei me decepcionando um pouco. No quesito mistura entre chick-lit e policial, achei que o livro acabou deixando um pouco a desejar. Não morri de rir em nenhum momento e, embora não esperasse mesmo a solução que é dada ao mistério, ele também não é o mistério mais misterioso do mundo. (E até um pouquinho trash, sabem? Assassinos trash? É um pouquinho assim). O livro está longe de ser ruim, mesmo. Eu gostei bastante. Mas ele também passa longe de ser um livro hilário, com um mistério extraordinário. Ele é um bom divertimento.
Enfim, vou ler a continuação com certeza e acho que quem gosta dos livros da Meg não pode perder esse!
beijos,
Julia
obs.: Só justificando mais minha mini decepção. Eu li esse livro (que eu queria MUITO) e A Rainha da Fofoca logo depois, que eu nem queria ler taaanto assim. E, sério, ri 30x mais com o segundo. Recomendado! (já tem resenha aqui)