Tony e Susan -
Austin Wright
Editora Intrínseca
- 334 páginas
Sempre que eu vou falar de algum livro, eu busco
contar a história dele com minhas palavras. Mas Tony e Susan é diferente, então
essa resenha vai ser diferente. Vou colocar a sinopse do próprio livro e
desenvolver tudo a partir dela... bem, vocês vão entender (x
Há vinte e cinco anos, Susan Morrow deixou Edward Sheffield, seu primeiro marido. Certo dia, instalada confortavelmente na casa em que mora, com os filhos e o segundo marido, inesperadamente ela recebe, pelo correio, um embrulho que contém o manuscrito do primeiro romance escrito por Edward. Ele lhe pede que leia seu livro: Susan sempre foi sua melhor crítica, justifica. Ao iniciar a leitura, Susan é arrastada para dentro da vida do personagem Tony Hastings, um professor de matemática que leva a família de carro para a casa de veraneio no Maine. Quando a vida comum e civilizada dos Hastings é desviada de seu curso de forma violenta e desastrosa, Susan se vê novamente às voltas com seu passado, obrigada a encarar a própria escuridão e a dar um nome para o medo que corrói seu futuro e que vai mudar sua vida.
"Interessante", foi o que eu pensei ao
ler a sinopse desse livro pela primeira vez. Mas, ao ver as criticas na contracapa
do livro, me deparei com temos como apavorante, arrepiante, história de sangue
e vingança. Como assim ? Como uma mulher lendo um livro de seu ex-marido
poderia ser uma história arrepiante cheia de sangue? Nesse momento, eu soube
que precisava ler para saber mais sobre as histórias de Susan, Edward e Tony.
Não podia ser um simples reencontro através de um livro. E realmente não
era.
A primeira parte do livro que eu achei muito boa
foi o fato de você ler dois livros em um. Há o livro de Edward, contando a
história de Tony Hastings; e há a história de Susan e seus pensamentos acerca
do que lê. Aliás, mais do que ler dois livros em um, você lê um deles
acompanhada. Enquanto lia o livro de Edward, chamado Animais Noturnos, reagia
como quando leio qualquer livro: me envolvi, senti raiva, nervosismo e, como
sempre, discordei em alguns pontos. E, bom, eu realmente adorava ler os
comentários de Susan entre um capítulo e outro. Era como ler o livro com uma
amiga, saber o que ela estava achando e se ela concordava comigo em tudo que eu
achava errado. Adorei me envolver com a Susan e, mais que isso, sentir seu
envolvimento no livro escrito por Edward, em sintonia com o meu.
O livro de Edward, bem, eu prefiro não falar
muito dele. Acho melhor que vocês leiam assim como eu, sem ter a menor ideia do
que se tratava. Só posso dizer que o ritmo dele é incrível, me deixava tensa o
tempo inteiro. E, sim, é cheio de questões sobre vingança, certo e
errado.
Entre as sessões de leitura de Susan, haviam o
interlúdios. Nesses momentos, sabíamos mais sobre a vida de Susan e Edward,
tanto no passado, quando estavam juntos, quanto no presente, com seus novos conjugues.
O livro adquiria um ritmo bem mais lento nesse momento, em meio aos pensamentos
e sentimentos de Susan. Embora tenha preferido os momentos de Tony, gostei
muito de acompanhar as mudanças da personagem com o passar do tempo e saber
mais sobre o motivo do divórcio (essa parte é bem boa, fica a dica!)
Enfim, Tony e Susan é um livro diferente e esse é
o principal motivo de eu recomendá-lo. Maravilhosamente bem escrito, com uma
super história e, acima de tudo, nunca li nada igual. Tanto que, quando alguém
me perguntava qual era o gênero do livro, eu costumava responder que não sabia
e fazia a pessoa conhecer o livro exatamente como eu: primeiro ler a sinopse e
depois os comentários estilo "thriller com pegada de pit bull". É a
vida, não dá pra não ficar curioso.
beijos, beijos.
Leiam esse livro, ein :)
Julia