Fazendo Meu Filme 1- Paula Pimenta
Editora Gutenberg - 328 páginas
Fazendo Meu Filme conta a história de Fani, uma
menina de 16 anos, com dramas normais de adolescente. Seus problemas na escola,
suas paixões... Até que ela se depara com a possibilidade de fazer intercâmbio.
Sua vida muda muito com a possibilidade de ir morar em outro país por um tempo,
deixando sua família, escola e amigos para trás. O que vai mudar? É isso que
ela realmente quer? Fani logo se vê cheia de dúvidas, como qualquer adolescente
estaria.
A verdade é que, embora não seja o estilo
preferido de todo mundo (inclusive não é o meu), é quase impossível encontrar
alguma mulher que não se renda a um bom chick-lit ou um YA com pegada mais
romântica, aka livros femininos e fofos. Comecei a ler muitos mais
recentemente, porque acho mais levinhos e minha faculdade sempre me consome.
Quando eu comecei a ler sobre Fazendo Meu Filme, eu me sentia um tanto quanto
obrigada a ler. Um livro brasileiro, fofo e que todo mundo se
identificava.
O livro é realmente uma gracinha. A cada começo
de capítulo, temos uma citação de algum filme (uma das paixões de Fani). E o
livro é cheio de conversas de MSN, bilhetinho de aula, listas de CD's gravados.
Tudo bem relacionado ao universo mais jovem e que, claro, dão muito charme ao
livro. Mas, para mim, o que te faz gostar muito de um livro é o quanto você de
identifica ou se envolve com os personagens. E, nesse ponto, o livro se tornou
bem morno para mim.
Achei a Fani dramática demais e, principalmente,
infantil. O ponto é esse. Eu comecei o livro achando que seria um desses que
descreveria perfeitamente meus 16 anos. E ele passou muito, mas muito longe
disso. Algumas atitudes e pensamentos da Fani eram bem bobinhos, ela não
consegui fazer as coisas sozinha, era exagerada até demais e, não sei explicar,
eu não lembro de ninguém que agisse da maneira do livro aos dezesseis anos.
Achei a Fani muito imatura para dezesseis anos (não que as pessoas sejam super
adultas com essa idade), mas elas são infantis de outra maneira. A Fani está
mais para ingênua. Desde o lugar que eles costumam sair, ao tipo de conversa
deles. Então, o motivo de eu querer tanto ler, que era me identificar com o
cotidiano da principal, não foi atingido.
Mas, apesar disso, eu gostei. O livro é engraçadinho,
fofo e tem uns personagens secundários bem legais. As amigas dela são o máximo
e eu ria muito com a Vanessa, que faz o estilo metidinha da sala. E eu até
gostei do Léo, mas o achei igualmente infantil a Fani. O meu problema com ele
foi um clássico excesso de expectativas. Nunca tinha visto uma resenha falando
mal desse livro, então achei que ele viria perfeito para mim, mas não foi
assim. Tudo tem uma falha em algum ponto e, quando você acha que não, elas se
tornam ainda mais gritantes.
Por fim, eu acho que vocês devem todos ler
Fazendo Meu Filme sim, para conhecer e tirar suas próprias conclusões, mas
deixando toda a empolgação de lado. Inclusive, eu vou continuar lendo a série.
Muitas pessoas já me falaram que o terceiro é o melhor de todos. E, como ela
vai crescendo, estou curiosa para ver a Fani começando a se virar sozinha.
that’s all folks.
beijos, beijos
Julia