Querido John, Nicholas Sparks.

23 de dezembro de 2010

Hoje vou falar de Nicholas Sparks. Bem, não de Nicholas Sparks de verdade, mas de um de seus tão comentados livros, o Querido John (que virou um filme com o Channing Gostoso Tatum e a Amanda Fofa Seyfrield, cujo poster é a capa do livro).

 
Querido John conta a história de - não fique surpreso - John Tyree, um jovem com o passado cheio de maucaratices que resolveu mudar entrando para o exército americano. Ele conhece Savannah, uma estudante meiga e conservadora, enquanto passa sua licença em casa com o pai e então decide que está pronto para viver um grande amor (bem, isso é, se alguém pode decidir estar pronto. mas todo mundo entendeu).Só que John está nos EUA somente por duas semanas, e seu amor e de Savannah precisa resistir a distancia e ao tempo para que eles possam vivê-lo. Assim, ele e ela começam a trocar cartas, onde eles falam de tudo, desde a saudade que sentem até os pequenos detalhes do dia-a-dia. E a história dos dois caminhava para um final feliz, não fosse o 11 de Setembro que vem para fazer todos os homens se realistarem no exército, e John entre eles. Agora ele não vai voltar para Savannah tão cedo. Será que o amor dos dois pode resistir?
Admito que estava muito ansiosa pelos livros do Nicholas. Quase todas as resenhas que li falavam muito bem dele, e todos os comentários eram sobre como as obras dele me fariam me emocionar de um jeito que nunca aconteceu antes. Bem, não aconteceu. Quero dizer, Querido John não é um livro ruim, pelo contrário, é muito bonito do seu próprio jeito. Mas eu me decepcionei um pouco por que esperava muito mais, esperava alguma coisa tipo uma história de amor inesquecível e comovente. 
A história de amor de Savannah e John é, obviamente, uma parte importante do livro, mas, pelo menos pra mim, o livro não é tanto sobre isso. É mais sobre John e a relação dele com os sentimentos dele mesmo. De tal modo que eu não simpatizei de todo com Savannah (egoísta!bitch!), mas me encantei com o John. Ele é muito humano. Provavelmente por que foi escrito por um homem então tem esse ponto de partida completamente diferente, mas John é um personagem inseguro, ciumento, esquentadinho e que precisa aprender... bem, um desses caras "todo-errado", que eu não estou acostumada a encontrar em livros, por que Chic-lits e YA não tem muito disso. John é o tipo de personagem que você lê as ações e pensa "eu também reagiria assim"(bem, eu não socaria as pessoas, mas vá lá).
   O desenvolvimento de John é bonito. Eu jamais seria tão autruista ou tão corajosa ou tão devotada como ele foi ao longo do livro todo. Já a Savannah é uma personagem que me dividiu um pouco: eu não gosto muito dela, mas gostava dela por que o John gostava dela. Sabe como é?
    Anyway, pra mim o ponto alto do livro foi, tal como no filme, a relação de John com o pai. É muito bonito e muito tocante ver o John mudando aos poucos e reconhecendo e aceitando o pai como ele é. Ele foi meu personagem preferido no filme, que eu vi antes de ler o livro, e foi um dos meus favoritos no livro (por que, afinal, o John vem primeiro, haha).A relação dos dois também foi a única coisa que eu achei emocionante no livro todo (e no filme também). Foi o que me valeu o livro.
   Então, se você for ler Querido John esperando uma incrível história de amor, você pode até encontrar, mas não vai descobrir que ela não é lá muito satisfatória. Ou talvez até seja. Quero dizer, ela vai te levar àquela reflexão sobre o que é o amor de verdade e até onde ele te leva. Tentando te fazer ver se amor de verdade não é aquele em que você quer o melhor pra quem você ama, mesmo que o melhor não seja você...? Assim, bem sobre hipóteses mesmo. Você não tem certeza, assim como ninguém tem na vida real, se as decisões são as certas. Se deixar ou ficar é o passo certo. 
   De todo modo, pra mim, a história de amor de Savannah e John não foi arrebatadora como a de Noah em Diário de Uma Paixão (que eu vou ler em breve também). Mas se quiser ler o livro como assistindo o desenvolver de alguém, como que sentindo o mesmo que sente o personagem (por que afinal, é isso que o livro em primeira pessoa faz né), Querido John é uma ótima pedida. Eu gostei.
 Beijo, beijo,
 Thai.

ps: se a resenha estiver fazendo pouco sentido, desculpem. eu estou morrendo de sono, queridos, haha.


7 comentários:

  1. Olá!

    A resenha até que fez bastante sentido para mim! E me deixou com mais vontade ler. Droga, quero muito ler este livro! Quem sabe meu momento não está próximo?

    Abraços e sucesso!

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  2. Ele chegou aqui em casa esta semana!!!!
    Pretendo ler (e chorar) em breve!
    Beijos

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  3. Oi!!
    Eu adorei esse livro pelo mesmo motivo que você ressaltou: a relação entre John e o pai. Acho que, no final, o importante não é a história de amor (que eu achava que era, quando comecei a ler), mas a história dos dois. Foi essa parte que me encantou e fez chorar.
    Feliz natal \o/
    Beijos

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  4. Verdade, o Noah acabou com todas as estórias de amor que leremos no futuro: dificilmente vamos achar algo que se compare à "The Notebook".

    Droga! E ainda tinha que ter o Ryan Gosling no filme...Agora todos os demais livros de Sparks que eu ler estão fadados ao fracasso hehe

    Ainda não li "Querido John" e nem conferi o filme, pois não estive nos últimos meses num humor para finais a la Sparks (sabemos ao que isso nos leva rs)...Mas gostei da resenha, achei super honesta e, mesmo sem ter lido, já consigo vislumbrar que possivelmente acabarei tendo a mesma opinião sobre alguns pontos ;]

    Beijos :**,
    Léka

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  5. Minha amiga gostou do livro justamente pelos motivos que, de certa forma, te decepcionaram.
    Provavelmente, se fosse 'apenas' uma história de amor, não chamaria tanto a minha atenção, e venhamos e convenhamos, pode até ser gostoso de ler, mas ninguém acredita naqueles caras perfeitos que encontramos em chick-lit e YA, certo?
    Ainda pretendo ler Nicholas Sparks, que ainda não tive oportunidade de conhecer (só assisti aO Diário de Uma Paixão).

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  6. @Léka não é? depois do Noah, nada que o Sparks mostrar pra mim vai ser grande coisa, rs. E foi realmente um ato muito cruel ter o Ryan no filme. Golpe fatal no meu coração, haha.

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  7. Muito bom o livro, tive a oportunidade de ler e não me arrependo ! *-*

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