Título original: Just Like Heaven
Título nacional: E Se Fosse Verdade
Autor: Marc Levy
Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 8528608301
Ano: 2005
Número de páginas: 247
E se Fosse Verdade... é uma história repleta de romantismo e bom humor, ingredientes que cativaram Steven Spielberg, fazendo-o adquirir, por US$ 2 milhões, os direitos do livro para o cinema. Marc Levy verá seu romance de estréia candidatar-se a um grande sucesso de bilheteria.
A história se passa em São Francisco, em julho de 1996. A jovem e bela Lauren, estudante de medicina, sofre um acidente de carro, entra em coma e vai parar no mesmo hospital onde trabalha. Apesar de seu estado, Lauren consegue, espiritualmente, voltar para o seu antigo apartamento. Lá, encontra Arthur, o arquiteto que é o novo morador do imóvel e a descobre no armário do banheiro ao ir tomar banho. Ele é a única pessoa que consegue vê-la, ouvi-la e senti-la.
Inicialmente se recusando a acreditar na história de Lauren, Arthur só fica convencido de toda a verdade quando vai até o hospital e a encontra desacordada. A partir daí, ele vai fazer o impossível para ajudá-la a voltar ao seu estado natural.
E Se Fosse Verdade é um livro levemente apaixonante, não no sentido de ser pouco apaixonante, mas no sentido de ser agradável. A história de Arthur e Lauren não é uma história que me faça chorar ou suspirar pelos cantos. Mas é, sim, uma história gostosa de se ler, com personagens completamente cativantes. Não apenas o casal Lauren e Arthur, mas também o Paul - melhor amigo de Arthur - e outros que aparecem ou são lembrados.
Pelo fato de o filme com mesmo nome ser mais famoso que o livro, fica muito difícil não fazer uma comparação entre os dois. Há algumas modificações na adaptação para os cinemas o que, na minha opnião, deixou a história mais cativante (esse filme é muito amor). Ainda assim, ler E Se Fosse Verdade foi muito legal porque é como se eu estivesse vendo outros lados da história deles. Como se o livro completasse alguns "buracos" do filme e ainda fosse um pouco além.
Marc Levy escreve de maneira leve mas, ao mesmo tempo, de um jeito que provoca algumas reflexões sobre como vivemos e amamos. Meu único incômodo em relação à sua escrita foi que certos diálogos faziam as cenas perecer fictícias demais. Eu quero dizer que certas falas eram filosóficas de um jeito que niguém fala. Nas cartas, tudo bem, agora essas reflexões nos diálogos não caem bem para mim.
Muito interessante, por outro lado, é que Levy conseguiu ao mesmo tempo me fazer rir. Seu humor é algo delicioso, especialmente nas cenas de Arthur andando pela rua abraçado com Lauren, invisível para o resto de mundo. Ou nas discussões de Arthur e Paul.
O livro está, então, recomdadíssimo para os românticos, ou quase isso como eu, que assistiram ou não o filme, viu?
Agora eu quero muito agradecer a Juh do Livros e Bolinhos por ter me escolhido para ser umas das participantes desse Book Tour. Eu amei participar! Ganhei marcadores e li um livro super legal em ótimo estado (ninguém diria que já passou por 12 ou 13...).
Beijos,
Celle.