Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788563219572
Ano: 2011
Tradutor: Patrícia Dias Reis
ISBN: 9788563219572
Ano: 2011
Páginas: 237
Tradutor: Patrícia Dias Reis
Primeiramente, só para constar, eu dificilmente falo mal de um livro ou até mesmo desgosto dele. Eu sou bem fácil em questão de livros, vejo coisas boas em tudo. Mas não se assustem com esse início de resenha, digo isso porque eu não gostei de Julieta Imortal como achei que gostaria e minhas expectativas nem estavam realmente altas. A verdade é que esse livro está recebendo muitos elogios e eu não vi o por que disso.
A história de Romeu Montecchio e Julieta Capuleto, escrita por Shakespeare, é uma imensa mentira. Romeu, um agente dos Mercenários, sacrificou a vida de sua amada em troca da imortalidade. E, à beira da morte, Julieta faz um juramento e se torna uma agente dos Embaixadores da Luz. Os dois estariam, então, fadados a se enfrentar para todo o
sempre. Ela, pelo amor, ele, pela discórdia.
Julieta habita corpos de outras mulheres há setecentos anos, sempre em busca do casal de alma gêmeas que deve proteger e incentivar suas chamas rosadas a se tornarem vermelhas de amor. O amor alimenta a causa dos Embaixadores. Romeu, além de sempre arranjar um tempo para ir atrás de Julieta - como se enganá-la, matá-la e deixá-la presa em uma cripta não tivesse sido ruim o suficiente - tenta convencer um dos apaixonados a sacrificar seu parceiro em nome da vida eterna como ele havia feito um dia. Só que os agentes das trevas são capazes de habitar corpos mortos e parecer como vivos.
A história prévia da livro é mais ou menos isso. Mas dessa vez, algumas coisas estão diferentes. Os dois parecem perdidos. Não se sabe como tudo vai terminar.
Julieta é chata. Ela habita o corpo de Ariel, uma menina muito bonita, mas que é bastante retraída por causa de uma cicatriz de queimadura em seu rosto. Sua melhor amiga é Gemma, sim, uma menina mimada e egoísta, mas é só uma garota. Julieta age como se ela fosse um monstro, e ela não vê que é porque está afim do cara dela. Que nem é o cara dela, mas Julieta não consegue ver ou superar esse fato. Ela também acha que a mãe de Ariel é uma pessoa terrível. Ela está muito errada insinuando que sua filha é feia, mas ela vive na defensiva, algo está errado e Julieta também não repara.
Ben, o mocinho, é um carinha legal, mas muito encrenqueiro. E eu não vi muito motivo para isso. Talvez Romeu seja o personagem mais sensato do livro. Dá pra entender seus tormentos, seus sentimentos e até suas maldades. Só não dá para entender porque ele já sentiu alguma coisa pela exagerada da Julieta. E, falando em exagero, parece que a Stacey tenta criar um clima de tensão, coisas meio macabras e perversas... mas não colou comigo. Não sei ao certo quanto do problema está na tradução, mas arrisco que tem problema por lá sim.
Além da provável tradução a desejar, há erros de português e de digitação no livro. Ao contrário do que eu disse sobre Ame o que é seu, nesse livro A Novo Conceito pecou um bocado. É bem triste, mas é verdade.
E, bom, só para vocês não ficarem desacreditados, eu não vi ninguém falando coisas negativas Julieta Imortal por aí, além de mim. Pode ser que seja pessoal. Mas, por mim, não recomendo não.
Beijinhos,
Celle.