O hipnotista - Lars Kepler

10 de novembro de 2011



Editora: Intrínseca
Autor: Lars Kepler (Alexandra Coelho Ahndoril e Alexander Ahndoril)
Páginas: 480
Ano: 2011 


   Nesse livro, cenas chocantes não demoram a aparecer. Erik Maria Bark é acordado em sua casa quando o telefone toca. Um certo detetive pede para que ele vá até o hospital ver um paciente traumatizado e com muitos ferimentos. Sua especialidade é pacientes traumatizados. Lá, Erik encontra Joona Linna, o detetive que o acordara. A verdade é que Joona quer que Erik hipnotise Josef Ek, o paciente, para tentar descobrir alguma coisa sobre a pessoa que o atacou. 

   O pai foi encontrado morto e mutilado no vestiário de uma quadra. A mãe, a menos ferida, morta em meio a um mar de sangue e a filha mais nova com apenas metade de seu corpo sentada no sofá, em frente à televisão. A princípio, o policial que encontrou os corpos, não havia percebido que o filho ainda estava vivo. Ele também apresentava muitas lacerações, mas estava vivo. Agora, ainda resta a filha mais velha e ela pode correr grave perigo. Josef Ek precisa acordar e contar o que sabe. 

   Mas não é tão simples, mesmo que já não pareça nada simples, assim.prometeu para si mesmo e em  cadeia nacional que nunca mais hipnotizaria ninguém. E ele havia mantido a promessa por 10 anos. O que o havia levado a fazer essa promessa? Valeria à pena quebrá-la? 

   O hipnotista me surpreendeu muito quanto à história em si. Não quanto à narrativa, ou o jeito como as coisas acontecem, mas o que acontece realmente. Acreditem, é muito "uou". Não só essa parte do ataque à família, mas também o que segue. Depois de um tempo, outras muitas coisas, que não tem muito a ver com isso, começam a se desenrolar e elas também são surpreendentes e chocantes. Mas, por outro lado, achei que o foco do livro - que seria o assassinato da maior parte de uma família - se perde antes mesmo da metade da história. E só para deixar claro eu amei ser surpreendida. 

   No vídeo eu já havia falado sobre achar algumas partes um pouco confusas. As cenas no presente, especialmente as mais agitadas e diálogos poderiam ser mais detalhadas, às vezes eu tinha que reler algum parágrafo para ter certeza de que estava acompanhando.  

   Ler O hipnotista valeria à pena mesmo se fosse só para você saber o que realmente aconteceu e porquê aconteceu (minha língua está coçando). 

   Metade dos personagens tem algum tipo de distúrbio, doença ou trauma, muitos são ou foram pacientes de Erik, muitas cenas de seções de terapia em grupo são narradas e lemos todo tipo de história aparentemente absurda ou extremamente cruel. Você nunca sabe o que pode acontecer e um clima beem legal é criado em volta disso. Só que o desfecho do livro mesmo não é tão incrível assim, é mais normal. 

   O hipnotista está muito bem recomendado. Prepare-se para encarar os caminhos mais tortuosos das mentes humanas. 

   Celle. 

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