Um Homem de Sorte, Nicholas Sparks.

15 de fevereiro de 2012


Um Homem de Sorte
Nicholas Sparks
 Novo Conceito
349 páginas

    Um homem de sorte foi minha segunda tentativa nos livros do Sparks, e devo dizer que dessa vez obtive sucesso: finalmente, o autor conseguiu conquistar meu coraçãozinho.  


    Logan Thibault era um jovem fuzileiro que tinha acabado de chegar ao Oriente Médio quando encontrou uma fotografia no deserto. Depois de tentar encontrar o dono da mesma, sem sucesso, ele a guarda, sem saber exatamente por quê, passando a carregá-la consigo. A partir de então, como num passe de mágica, Thibault se vê acompanhado pela sorte: ele começa a ganhar jogos de cartas e a escapar, ileso, de acidentes que deveriam tê-lo matado. Um de seus poucos amigos, Victor, coloca a ideia em sua cabeça: a fotografia é o que mantêm Thibault a salvo. Thibault diz não acreditar, mas não deixa de andar com a foto. E sobrevive. 


     De volta aos Estados Unidos, convivendo com os fantasmas da guerra, ele resolve procurar a moça da fotografia. E lá vai ele, andando pela América, procurando por ela. Tem algumas poucas pistas, algumas ideias e nenhuma noção do que fazer quando encontrá-la, mas ele segue. Thibault tem um destino.


   A história de Thibault é leve e de leitura rápida, mesmo passando por temas como sorte, destino e fixações. O livro é divido entre três personagens: Thibault, Beth, a mulher da fotografia, e Keith Clayton, policial da cidade e ex-marido neurótico e mimado de Beth.

   Beth  é professora na cidade Hampton, na Carolina do Norte, e apesar de bonita e jovem, não consegue manter relacionamentos. Ela vive com Ben, o filho de dez anos - que se rebela jogando xadrez-  e a avó, Nana, que está se recuperando de uma doença e precisa da neta para tomar conta dos cães no canil em que trabalhava. E é nessa necessidade que Thibault acha que encontrou a maneira de agradecer á moça na fotografia que salvou sua vida tantas vezes. Ele começa a trabalhar no canil e, aos poucos, como não podia deixar de ser, ele e Beth se apaixonam.

   O livro faz sentido. Os sentimentos são críveis e os personagens bem marcados e cativantes. E embora o ritmo da história seja bom, a passagem do tempo é meio confusa. E não estou falando dos flashbacks em que Thibault nos conta como escapou vez após vez da morte certa na guerra, que são fantásticos, mas do tempo presente, do dia a dia dos personagens principais. Eles são citados e vividos mas meio que não caminham em ordem; é terça-feira e então é final de semana e estamos juntos há um tempo e eu te amo. Como assim?

  E, falando de amor, esse foi outro ponto que me incomodou um pouco: o amor repentino. Bem, o Thibault você até pode entender, afinal ele esteve obcecado por sua fotografia da sorte por cinco anos, mas Beth? Qual é a desculpa dela? Achei isso particularmente irritante, principalmente por que Um Homem de Sorte não é exatamente para o público adolescente, cujas histórias costumam ter esse tipo de amor repentino e mal explicado e ninguém liga. Mas é perdoável. Afinal, uma vez decidido que se amam, o comportamento deles deixa claro que é verdade. Eles são um casal.

  De modo geral, eu gostei do livro. O desfecho é satisfatório, a história é bem contada, os mistérios e as reações pertinentes. Admito até que derramei uma ou duas lágrimas lá pelas ultimas páginas. Então, sim, eu recomendo. Leiam!

 Beijo, beijo,
 Thai.

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