[Retroprojetor #40] O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

 

The Hobbit: An Unexpected Jorney

Diração: Peter Jackson

Gênero: aventura, épico

Estréia: 14 de dezembro de 2012

Duração: 170min

Orçamento: US$ 270 Milhões

Musical Épico ou Épico Musical? Os dois. 

Tive o prazer de ver O Hobbit na pré-estréia, cercada de gente feliz e de óculos 3D. E você quer saber se valeu a pena sair mais de três da manhã do cinema? Super valeu. O filme é tão bom quanto Peter Jackson pode fazer ser, e vale cade minutinho das muitas horas que ele dura.


O Hobbit se passa antes da história contada na trilogia do Senhor dos Anéis, e acompanha Bilbo Bolseiro, (ou Bilbo Baggins, em inglês), em sua primeira aventura até a Montanha Solitária, acompanhado por Gandalf, o cinzento, e uma comitiva de anões de um reino há muito ocupado. O filme é baseado no livro de mesmo nome do Tolkien, que também escreveu o clássico do anel.  Eu li o livro há muito, muito tempo mesmo, por volta da sexta série, bem antes de ler O Senhor dos Anéis, então não me lembro da história em seus detalhes. Lembrava apenas em linhas gerais das coisas e lembrava que havia muitas músicas. E quando eu fiquei sabendo que Hobbit ia virar filme, além de dar pulinhos de alegria, por que alô-ôu, sou fã de LOTR, fiquei me perguntando como eles iam fazer com as músicas. Cortar? Colocar? Selecionar?

Minha preocupação foi desnecessária, porque eles fizeram um trabalho maravilhoso, com músicas que ficaram incríveis, se encaixaram no clima super épico de O Hobbit e não pareceram forçadas ou tornaram o filme um estranho musical com espadas (por que isso poderia ter acontecido e teria sido bizarro). As canções são lindas, e escutá-las cria um clima único de "estou vivendo uma aventura" que, no cinema, faz você mergulhar no filme de um jeito completamente novo. E se preparem, por que vem mais música por aí: O Hobbit foi divido em três filmes de três horas, então nós ouviremos ainda muitas das canções que lemos no livro dando o ar da sua graça nos cinema. Ainda bem!

A aventura nesse primeiro filme vai da reunião na casa do pequeno Hobbit até uma batalha incrível contra os já conhecidos orcs. Peter foi além do que está no livro e inseriu algo da história dos inúmeros apêndices de Senhor dos Anéis para fazer um filme que se sustenta por sí só e tem vida própria, historia própria, e agradou muita gente - pelo menos na minha sala de cinema.

Como fã do trabalho de Peter Jackson e da primeira trilogia, adorei o resultado e as pequenas ligações com a trilogia cuja história é posterior. A primeira cena do filme é, na verdade, apenas minutos antes da do inicio de Sociedade do Anel, voltando então para juventude do Hobbit através da memória do envelhecido Bilbo. Vemos também um ainda cinzento Gandalf e o Conselho dos Elfos já se preocupando com a formação do mal inominável que são as forças de Sauron. Detalhes para agradar a nós, fãs, e que não passaram despercebidos. Eu simplesmente vibrava a cada pequena menção a algo que era relacionado com o que aconteceria anos depois. Adorei, adorei, adorei.

A comitiva dos anões, Bilbo e Gandalf.

Os anões são um capítulo todo a parte. Cada um deles é uma graça, Kili e Fili e Balin sendo pra sempre os meus favoritos. Thorin aqui é muito mais agradável que no livro, obrigada, estou relendo e eu estou devidamente apaixonada por sua pessoa épica, imponente e importante e seu renomado escudo de carvalho. A história da cidade da montanha é contada com detalhes e você acompanha o ataque de Smaug e mesmo assim, se não leu, não sabe bem o que está acontecendo. Deixaram o mistério no ar e só pequenas partes da fera apareceram, e mesmo essas já deixam você sem fôlego e atiçam a curiosidade pro que vem aí nos próximos filmes. Estou ansiosíssima e não vejo a hora deles avançarem em sua jornada. Estou, como sempre, particularmente animada para os elfos. Adoro os elfos do Tolkien e como eles ficaram no cinema, e já sei que vem Legolas por aí, por que Orlando Bloom assinou um contrato milionário para aparecer na produção por incríveis dois minutos (não estou brincando. Foram $1 milhão por dois minutos).

Enfim, no todo, um filmaço. Corre pro cinema e vai assistir. E se já assistiu, corre e vai assistir de novo. Super vale o ingresso!

Beijo, beijo,
Thai.