Sapphique - Catherine Fisher

3 de abril de 2013

Sapphique
Catherine Fisher
Editora Novo Século 
360 páginas 
2012

Sapphique é a continuação de Incarceron e eu vou tentar fazer essa resenha sem spoilers, apesar de que ela seria bem mais legal com spoilers de Incarceron. Mas depois eu faço outro post para isso. Ainda assim, seria interessante se você desse uma lida na resenha do livro anterior - clique aqui - para eu não ter de explicar o básico da trama todo de novo. 

Foi lendo Sapphique que eu compreendi o estilo dessa série. Esse livro pareceu para mim mais correto consigo mesmo, como se ele tivesse se encontrado de vez. Incarceron e Sapphique são  livros futurísticos, parte ficção científica, parte fantasia, parte steampunk e eu tinha até achado que eram um pouco distópicos também. E mesmo que eu tenha gostado de Incarceron, as coisas não encaixaram completamente para mim. Até Sapphique. Não sei se foi o costume, mas nesse livro as coisas funcionaram com muito mais facilidade. Ou seja, Catherine Fisher não sofreu com a maldição do segundo livro, a série melhorou!

Só que, eu não queria falar não, porém acredito que a série seja só isso mesmo. Dois livros. Então, não sei nem se devemos chamá-la de série.

De qualquer forma, em Sapphique, Incarceron - a prisão - está ainda mais forte e presente. E seu sonho está mais perigoso. Incarceron deseja ver o Exterior, ela quer sair de dentro dela mesma, abandonar os prisioneiros - seus filhos - e ver as estrelas. Incarceron foi infectada com o sonho de Sapphique. Sapphique é a lenda de um homem, filho da prisão, que fugiu de seu pai. Os dois livros possuem muitas histórias sobre Sapphique, tanto em forma das Lendas de Sapphique quanto de histórias ouvidas de boca-a-boca. E o que eu gostei muito nesse livro foram as histórias paralelas, as lendas, mitos... como todos que moram em Incarceron nasceram lá, eles não sabem nada ao certo do mundo exterior, então tudo é adaptado para a vida diferente deles.

Achei que esse trecho que a Catherine Fisher escreveu em seu site diz muito sobre o livro (e eu tomei a liberdade de traduzir):

"I love to play with ideas in my books, with echoes of myths, and metaphysical questions, and poetic snatches. But I hope none of that clogs or slows the story, because the story is always the most important thing." 
Eu amo brincar com ideias nos meu livros, com ecos de mitos, e questões metafísicas, e trechos poéticos. Mas eu espero que nada disso deixe a história lenta ou atravancada, porque a história é sempre a coisa mais importante. 

Eu diria que ela conseguiu exatamente o que queria.

Um novo personagem, sobre o qual eu não poderia deixar de falar, também aparece: Rix, um misterioso mágico, talvez maluco, talvez extremamente são, talvez mais poderoso do que todos poderiam imaginar, talvez apenas um charlatão. Mais um personagem sobre o qual não podemos afirmar muita coisa, como eu já havia dito sobre Keiro, o irmão de sangue de Finn. E eu também gostei muito dele porque ele simplesmente me deixou intrigada. Quem me conquistou ainda mais foi Attia, a antiga cão-escravo. A menina toma uma importância bem maior nesse livro. Mas não gostei tanto assim de Claudia ou mesmo do próprio Finn. Acho que Attia, Keiro, Rix, Incarceron e Jared - o Sapiente de Claudia - se destacaram bem mais. O desenvolvimento dos personagens foi muito bom nessa continuação.

Eu teria muitas outras coisas para dizer aqui, porém acho que vou deixar para depois. Os livros estão muito recomendados, mas acho que já perceberam isso.

Beijos,
Celle. 
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