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Título: O Retrato de Dorian Gray
Autor: Oscar Wilde
Editora: Martin Claret
No Skoob
Infelizmente, O Retrato de Dorian Gray foi meio que uma decepção para mim. Eu esperava bem mais, fui iludida por A Liga Extraordinária, um filme que eu adoro e tem como um de seus personagens, o enigmático Dorian Gray (Stuart Townsend). Desde a primeira vez que vi esse filme, eu sabia que eu teria que saber mais sobre a história daquele homem.
Acho até que o que não me foi tão prazeroso não foi a história em si, continuo achando a vida de Dorian Gray algo muito interessante, o tipo de coisa que chama sua atenção. Mas Oscar Wilde escreve bem como reclamamos que autores de clássicos escrevem, mas às vezes reclamamos injustamente. Ao invés de dizer que ele tem uma linguagem revolucionária, digo que ele escreve de maneira cansativa e exageradamente rebuscada. As ideias se perdem no meio dos parágrafos gigantescos.
Dorian Gray que me seduz |
Mas onde Oscar foi revolucionário foi no tema de seu livro. Mostrar a supervalorização da beleza, as extravagâncias do prazer... temas que ninguém ousava discutir no século XIX. Não é um livro exatamente romantico, sabe.
No início, Dorian Gray era um belo jovem inocente, mais novo modelo do pintor Basil Hallward. A relação entre os dois é algo, diria eu, indefinido. Basil nutre uma espécie de paixão por Dorian, ou talvez por sua beleza e mocidade. E o ego de Dorian se agrada com os elogios de Basil. Até que, contra o gosto do pintor, Dorian conhece Lorde Henry. Personagem que poderia ser bem mais inteligente e sarcasticamente engraçado, se se entendesse tudo o que ele diz. Segundo Basil, Henry não seria boa influência para nenhum jovem, menos ainda Dorian, tão ingênuo.
Ingênuo? Eu diria bobo, de pensamento fraco e maleável demais. Claro que ele tem seus próprios desejos e pensamentos, mas Dorian é mais um garoto mimado e impressionável do que alguém mau.
A vida que Dorian passa a levar depois que seu retrato pintado por Basil recebe em seu lugar as marcas do tempo, dos sentimentos e das cicatrizes não é detalhada, mas sabemos que ele perde seus escrúpulos e, com certeza, sua inocência. Mesmo assim, no fim, ele continua sendo fraco.
Agora, quanto ao filme do diretor Oliver Park, com Ben Barnes como Dorian, Colin Firth como Lorde Henry e Ben Chaplin como Basil, o roteiro não foi exatamente fiel. E eu também não posso dizer que tenha gostado. Colin Firth está como sempre genial e Ben Barnes convenceu como o Dorian do livro, não como o Dorian da minha cabeça (esse só o Stuart Townsend *-*). O filme é grande e achei a fotografia muito bonita, mas não vou me alongar falando dele, já que se eu falasse o que discorda do livro estaria dando spoilers. E ninguém deseja que isso aconteça.
Sendo assim, fico por aqui ^^ .
Trailers:
Beijos,
Celle.